Uma noite histórica em Tóquio
No dia 11 de dezembro de 1983, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense escreveu um dos capítulos mais gloriosos da história do futebol brasileiro. Em uma final emocionante contra o Hamburgo, campeão europeu da temporada, o clube gaúcho venceu por 2 a 1 na prorrogação e conquistou o título do Mundial de Clubes.

Disputada no Estádio Nacional de Tóquio, no Japão, a partida marcou a consagração de um time aguerrido, técnico, comandado pelo treinador Valdir Espinosa. Com a presença de 62 mil torcedores, o duelo colocou frente a frente o campeão da Taça Libertadores da América e o campeão da Liga dos Campeões.
O grande jogo da história tricolor
A campanha que levou o Grêmio ao Mundial teve início com a conquista da Libertadores de 1983, em uma final contra o Peñarol, do Uruguai. Em dois jogos disputados em julho, o Tricolor empatou por 1 a 1 em Montevidéu, com gols de Morena, pelo Peñarol, e Tita, pelo Grêmio, e venceu por 2 a 1 na partida decisiva, no saudoso Olímpico, com gols de Caio e César para o Imortal, enquanto Morena voltou a marcar para os uruguaios.
Já o Hamburgo foi campeão continental em maio daquele ano, superando a Juventus, da Itália, por 1 a 0, com gol de Magath. A partida única da final aconteceu em Atenas, na Grécia.
A equipe alemã possuía diversos jogadores da seleção. Para duelar pela taça, o Grêmio de Espinosa foi a campo com: Mazaropi; Paulo Roberto, Baidek, De León e Paulo César Magalhães; China, Osvaldo e Paulo César Lima; Renato, Tarciso e Mário Sérgio.

Renato Gaúcho, na época de jogador do Grêmio
O Tricolor abriu o placar com Renato Gaúcho aos 37 do primeiro tempo, com o ponta-direita levando a bola para o fundo e batendo cruzado. A equipe brasileira segurou muito bem o adversário, mas, aos 41 minutos do segundo tempo, a partir de uma bola parada, Schröder empatou.
A partida foi para a prorrogação, e mais uma vez brilhou a estrela de Renato. Ele recebeu na grande área um toque de cabeça de Tarciso, trouxe do pé direito para o esquerdo e bateu no contrapé do goleiro Stein. Assim como a 10 de Pelé no Santos e a 10 de Zico no Flamengo, a 7 de Renato Portaluppi foi eternizada no Grêmio neste dia.

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A conquista que mudou a história do clube
O título em Tóquio representou mais do que um troféu. Foi a afirmação do Grêmio no cenário mundial e a consagração de uma geração que marcou época. A vitória sobre o Hamburgo colocou o clube em um patamar que poucos brasileiros haviam alcançado até então, apenas Santos e Flamengo haviam sido campeões mundiais até aquele momento.








