Artilheiros históricos que marcaram gerações
Ao longo da rica trajetória do Grêmio, alguns nomes transcenderam o campo e se tornaram lendas eternas no imaginário da torcida. Dois desses ícones são Alcindo e Tarciso, atacantes que não apenas balançaram as redes com frequência, mas ajudaram a construir a identidade vencedora do clube.
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Juntos, eles somam 457 gols com a camisa tricolor, são os dois maiores artilheiros da história do clube e protagonizaram capítulos distintos, mas igualmente gloriosos da história gremista.
Com estilos diferentes, mas a mesma entrega e paixão pela camisa azul, preta e branca, Alcindo e Tarciso encantaram gerações de torcedores. Enquanto Alcindo brilhou nas décadas de 1960 e 1970, tornando-se o maior artilheiro da história do Grêmio, com 229 gols, Tarciso consolidou sua lenda nas décadas de 1970 e 1980, tornando-se o jogador com mais partidas pelo clube, 723 atuações, além de marcar 228 gols.
Alcindo: o “Bugre” goleador e pioneiro nas conquistas
Nascido em Sapucaia do Sul, Alcindo Martha de Freitas iniciou sua trajetória no Grêmio em 1964, e rapidamente se tornou sinônimo de gols. Em sua primeira passagem, que durou até 1971, o centroavante se destacou pelo faro de artilheiro. Nesse período, foi pentacampeão gaúcho consecutivo (1964, 65, 66, 67 e 68).
Seu desempenho chamou atenção nacional, e o atacante foi convocado para defender a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra. Um feito relevante para jogadores que atuavam fora dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo na época.
Depois, atuou pelo Santos e também pelo futebol mexicano, defendendo Jalisco e América. Em 1977, Alcindo retornou ao Grêmio e voltou a erguer o troféu do Campeonato Gaúcho, encerrando sua trajetória no clube em grande estilo. O ex-jogador faleceu em 2016, aos 71 anos.
Tarciso: o Flecha Negra que atravessou gerações
Se Alcindo foi o símbolo da era dos anos 60, Tarciso Flecha Negra assumiu o protagonismo nos anos 70 e brilhou até os anos 80. Utilizando bem a velocidade e com uma entrega incansável em campo, o ponta-direita mineiro se transformou em sinônimo de regularidade e identificação com o clube.
Tarciso fez parte do Grêmio campeão mundial em 1983.
Entre 1973 e 1985, Tarciso atuou em 723 partidas com a camisa tricolor, marca que o coloca como o jogador que mais vezes defendeu o Grêmio na história. Seus 228 gols o colocam como o segundo maior artilheiro do clube, apenas um atrás de Alcindo.
As conquistas de Tarciso são emblemáticas: tricampeonato gaúcho (1977, 1979 e 1980), Campeonato Brasileiro de 1981, Libertadores da América de 1983 e o Mundial de Clubes de 1983, diante do Hamburgo, da Alemanha. Ele foi peça-chave nessa era de ouro, contribuindo com gols e passes decisivos, como para Renato Gaúcho, no segundo gol contra os alemães.
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A idolatria de Tarciso transcendeu o futebol. Após encerrar a carreira, envolveu-se em projetos sociais e chegou a atuar como vereador em Porto Alegre, antes de falecer em 2018, aos 67 anos.
