A primeira rodada do Campeonato Brasileiro foi marcada por grandes polêmicas de arbitragem.
O Brasileirão não é o único a protagonizar lances e decisões duvidosas, a Libertadores, Copa do Brasil e alguns estaduais também tiveram jogos cheios de controvérsias.
Então, trouxemos 10 jogos do futebol brasileiro que ficaram marcados com grandes polêmicas da arbitragem, veja:
10 — Santos e Botafogo na final de 1995
Santos e Botafogo decidiram o Brasileirão de 1995. A primeira partida no Rio terminou 2 a 1 para o time da casa. Na volta, no Pacaembu, Márcio Rezende de Freitas foi o árbitro da partida.
Túlio abriu o placar para o Botafogo, aos 24 minutos do primeiro tempo, mas o gol estava impedido, o que causou revolta nos santistas. O Santos empatou no segundo tempo, mas o gol também foi irregular, com um toque de mão de Marcelo Passos, que tocou para Marquinhos Capixaba marcar.
O Santos chegou a virar o jogo, depois de Camanducaia concluir o cruzamento de Marcelo Passos, mas foi marcado impedimento (a posição era legal).
9 — Fluminense e Inter na Copa do Brasil de 1992
A final da Copa do Brasil de 1992 foi decidida entre Inter e Fluminense. O Tricolor venceu o primeiro jogo por 2 a 1, em Laranjeiras.
Na volta, no Beira-Rio, o árbitro José Aparecido de Oliveira marcou um pênalti duvidoso para o Internacional nos minutos finais, quando a partida estava 0 a 0. Os atletas tricolores ficaram indignados, mas a penalidade se manteve. Na cobrança, o Inter abriu o placar com o zagueiro Célio Silva e ficou com o título.
8 – Corinthians e Palmeiras em 2018
No primeiro jogo da final de 2018, o Palmeiras venceu por 1 a 0. Na volta, no Allianz Parque, o Corinthians venceu por 1 a 0 e ficou com o título após decisão nos pênaltis. Mas a segunda partida foi marcada por polêmica, o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza marcou pênalti de Ralf, do Corinthians, em Dudu, do Palmeiras, dentro da área. Mas após ser alertado pelo quarto árbitro, voltou a decisão e anulou o pênalti.
O Palmeiras recorreu ao TJ-SP e ao STJD, alegando interferência externa, mas acabou sendo derrotado nos tribunais.
7 — Flamengo e Vasco em 2014
Na decisão da Taça Guanabara de 2014, o Flamengo venceu o Vasco por 2 a 1, mas o Cruz-Maltino teve um gol não marcado.
No início do primeiro tempo, o meia Douglas cobrou falta, a bola bateu no travessão, quicou além da linha, por 33 cm, segundo o GE. Mas o árbitro Eduardo Guimarães e o bandeirinha não viram.
No mesmo ano, na decisão do Carioca, Flamengo e Vasco se reencontram na final. Na ida, 1 x 1 no placar.
Na volta, o Flamengo tinha vantagem de apenas empatar e terminar com o título. O Cruz-Maltino saiu na frente, mas o Rubro-Negro empatou nos acréscimos do segundo tempo, com um gol impedido de Márcio Araújo e terminou com a taça.
6 — Botafogo e Figueirense em 2007
Nas semifinais da Copa do Brasil de 2007, o Figueirense venceu por 2 a 0 no primeiro jogo. Na volta, no Maracanã, o Botafogo conseguiu fazer 3 a 1, mas outros dois gols foram anulados pela bandeirinha Ana Paula de Oliveira por impedimento (ambos legais).
Assim, o Botafogo foi eliminado na competição devido ao gol qualificado (gol fora de casa marcado pelo Figueirense).
5 — Palmeiras e Inter em 2012
Em 2012, na briga contra o rebaixamento, o Palmeiras encarou o Internacional no Beira-Rio.
O Alviverde saiu na frente, mas levou a virada. O gol de empate foi o lance polêmico: Barcos marcou gol, mas com a mão.
O árbitro da partida, Francisco Carlos Nascimento, não viu o toque e confirmou o gol. Porém, voltou atrás, após conversar com os seus auxiliares e o delegado da partida.
O Palmeiras foi ao STJD para tentar anular o jogo, argumentando que o juiz teve interferência externa. Mas o tribunal não concordou e o Palmeiras foi rebaixado.
4 — Corinthians e Internacional em 2005
Corinthians e Internacional disputaram rodada a rodada o título do Brasileirão 2005, em um Campeonato marcado com a polêmica da “Máfia do apito”, onde 11 jogos foram anulados.
Na 40ª rodada, as equipes se enfrentaram no Pacaembu. O Timão saiu na frente com Tévez e o Inter empatou com Rafael Sobis. Aos 28 minutos, Tinga, do Inter, recebeu um lançamento de Perdigão, mas acabou sendo derrubado pelo goleiro Fábio Costa.
O árbitro Márcio Rezende de Freitas não marcou o pênalti e expulsou Tinga, com o segundo cartão amarelo. Na súmula, ele alegou simulação do jogador. Essa foi a última partida do juiz na carreira.
Com o empate, o Corinthians manteve a distância de três pontos contra o Colorado e acabou com o título do Brasileiro daquele ano.
3 — Cruzeiro e Corinthians em 2010
O Corinthians venceu uma partida muito polêmica sobre o Cruzeiro no Pacaembu, em 2010. As equipes estavam na briga pelo título e o árbitro Sandro Meira Ricci, aos 42 minutos do segundo tempo, marcou um pênalti do zagueiro Gil sobre Ronaldo, do Corinthians.
Para o árbitro, o jogador do Cruzeiro deslocou Ronaldo pelo alto. O defensor foi expulso, e o próprio Fenômeno cobrou e marcou o gol da vitória.
O Fluminense terminou com o título naquele ano, o Cruzeiro foi vice e o Corinthians terminou em 3º lugar.
2 — Corinthians e Boca Juniors em 2013
Agora em um jogo da Libertadores, tivemos Corinthians e Boca Juniors nas oitavas de finais. Na primeira partida, o time argentino venceu por 1 a 0. Na volta, o paraguaio Carlos Amarilla apitou o jogo e ficou marcado devido a muita polêmica.
Riquelme abriu o placar e Paulinho empatou para o Timão. Ainda na primeira etapa, Marín empurrou a bola com a mão na área, mas o árbitro não marcou nada. Um gol de Romarinho foi anulado por impedimento (a posição era legal). Outro gol de Paulinho foi anulado, alegando falta no goleiro. Além disso, o Corinthians reclamou de um pênalti não marcado em Emerson Sheik.
Alguns anos depois, em entrevista, o árbitro reconheceu erro, mas negou suborno.
1 — Flamengo e Atlético em 1981
Se tem um jogo marcado por polêmicas de arbitragem, essa partida é entre Flamengo e Atlético na Libertadores de 1981, com o apito do juiz José Roberto Wright.
Galo e Flamengo terminaram empatados no Grupo 3 da competição, e, para decidir quem avançava à final, aconteceu um jogo extra no Serra Dourada.
Ainda aos 33 minutos, Zico sofreu uma falta de Reinaldo, que recebeu vermelho direto. Para os jornais da época, foi “falta normalíssima”, como escreveu a Revista Placar. Assim, o melhor jogador do Galo e artilheiro da equipe, deixou o campo.
No decorrer da partida, Éder, do Atlético, vai cobrar uma falta marcada no ataque e raspa no corpo de Wright, que o expulsa.
A partir daí, a partida virou um tumulto, com reclamações e invasões de dirigentes. O volante Chicão, do Galo, mandou o juiz “buscar o dinheiro do Flamengo” e também foi expulso. Depois de muita confusão, Palinha também foi expulso.
Após o reinício de partida, João Leite caiu no chão duas vezes alegando lesão, e o juiz o expulsou ainda no chão.
A partida teve que ser encerrada, já que os times não podem ter menos de sete jogadores em campo.
