UEFA investiga Milan após venda bilionária

O Milan anunciou a venda do clube para um fundo de investimentos norte-americano, o RedBird Capital Partners, em junho de 2022. O valor ficou em 1,2 bilhão de euros (cerca de R$ 6 bilhões, na cotação da época).

UEFA está investigando a venda do Milan. Marco Luzzani/Getty Images.
UEFA está investigando a venda do Milan. Marco Luzzani/Getty Images.

Porém, agora, os italianos, que tentaram a contratação de Vanderlan, correm o risco de fortes punições da UEFA. A entidade está investigando possíveis irregularidades na venda do time rossoneri ara o fundo americano.

Conforme as informações, a Elliott Management Corporation, antiga gestora do clube, ainda está mantendo o controle do Milan. Com isso, a transferência de propriedade não teria sido feita de forma legal.

Vale destacar que, atualmente, o clube é o segundo colocado na Serie A, o Campeonato Italiano. Os Rossoneri estão atrás apenas da Inter, líder da competição. Em caso de sanção, pode perder a chance de disputar a Champions League.

As possíveis sanções econômicas e esportivas

A agência de notícias EFE revelou que o Ministério Público de Milão está investigando o caso e considera a possibilidade de um crime de “obstrução da atividade de fiscalização” da Federação Italiana de Futebol (FIGC).

Caso seja confirmado que o Milan tenha irregularidades no processo de venda por meio das investigações da UEFA, o time pode ficar de fora das próximas competições europeias, além de fortes multas econômicas.

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A Elliott Management Corporation, antiga dona do Milan, é detentora do Lille, da França. Conforme o código 5 da UEFA, sobre o timeshare, uma empresa não pode ter duas equipes inscritas na mesma competição. Os italianos e os franceses disputaram a Liga Europa nesta temporada.

Além disso, em relação ao código 4 da UEFA, se a RedBird transferiu a propriedade do clube de forma ilegal, o clube, considerado o sétimo maior de todo o mundo, poderá sofrer sanções e/ou exclusão das competições, além de multas financeiras.

Casos de irregularidades no futebol italiano

Essa não seria a primeira condenação no futebol italiano. Em 2015, a FIGC condenou clubes italianos por diversas polêmicas em relação à economia do clube. O Genoa, por exemplo, reduziu seus lucros para pagar menos impostos. Na época, foi multado em 300 mil euros por fraude fiscal.

Em 2018, o Bari foi alvo de investigações, onde foi descoberto que o clube havia falsificado documentos financeiros. Além de ser rebaixado à Série C, precisou pagar 10 milhões de euros em dívidas.

Em 2006, um dos grandes escândalos foi o Calciopoli. Clubes, como Juventus, Milan, Fiorentina e Lazio, manipularam árbitros e delegados da FIGC em jogos do torneio nacional.

Após a investigação, a Juve foi rebaixada e perdeu dois títulos italianos, enquanto Milan, Lazio e Fiorentina perderam pontos. Além disso, dirigentes foram banidos do futebol italiano.

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