Problema com o ex
O Botafogo iniciou sua jornada no Brasileirão Série A de 2024 no pelotão da frente da tabela. Com 9 pontos, está na terceira colocação, apenas um ponto atrás de Athletico-PR e Bahia, que lideram com 10 pontos.
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Um bom início para o trabalho do técnico Artur Jorge, que precisa equalizar o melhor do Glorioso para a Copa Libertadores da América. Na competição continental, o Alvinegro da Estrela Solitária precisa ficar atento, já que está na última colocação de seu grupo.
Porém, entre as preocupações sobre as competições disputadas, o Clube também precisa resolver situações pendentes. Neste contexto, está um problema com Luis Castro, que, segundo o portal RTI Esportes, entrou com processo na FIFA cobrando uma dívida com o Bota.
De acordo com alegação do treinador, o Botafogo está em débito em relação a alguns meses de salário, bem como premiações que não foram pagas e que estavam determinadas em seu contrato.
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Direito de usar FIFA por ser estrangeiro
O que chama atenção na movimentação de Castro, é que o técnico português utilizou a entidade máxima do futebol para resolver seu problema com o Clube.
O fato causa estranheza, já que as verbas devidas são de origem brasileira, mas o fato de ser estrangeiro, lhe dá a possibilidade de usar a FIFA como canal.
Em entrevista ao RTI Esportes, o advogado especialista em Direito Desportivo e Gestor Esportivo pela FIFA, Pedro Canelas, detalhou o caso do treinador, que, inclusive, pode gerar problemas para o Alvinegro se reforçar.
“O Luís Castro pode fazer isso, porque ele tem a nacionalidade diferente do clube que treinava. Se ele fosse um técnico brasileiro, não poderia cobrar de um clube brasileiro pela FIFA, mas por ser português e por ter, assim, essa relação internacional, ele consegue cobrar por meio da entidade”, explicou Canelas.
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Punição barra reforços
Ao acionar a resolução do problema pela FIFA, o Bota fica mais suscetível a sofrer transfer ban, a punição que impede de registrar atletas. Com jogadores próximos de chegar ao Clube, como são os casos de do volante Allan, do Al-Wahda, e do atacante Igor Jesus, do Shabab Al-Ahli, podem ter problemas para serem registrados.
Canela expõe como se daria uma possível condenação: “Em regra, o Botafogo teria, em caso de decisão desfavorável, 45 dias para pagar o suposto valor devido ao Luís Casto. Esse prazo só começaria a ser contado a partir da data da notificação da FIFA. No momento em que a FIFA envia a decisão, ela só informa se foi favorável ou desfavorável”.
Além do prazo de 45 dias, o Bota também poderia pedir uma análise profunda do caso, o que geraria um prazo maior para a resolução do problema.
“Além disso, o Botafogo pode pedir a justificativa dessa decisão. Se o clube faz isso, o prazo de 45 dias é pausado. E, ainda, se o Botafogo quiser recorrer ao CAS (Corte Arbitral do Esporte), esse prazo também é interrompido e só passa a correr, novamente, após o clube ser notificado”, finalizou Canelas.