Saídas polêmicas da Toca
O Cruzeiro perdeu duas joias do futebol brasileiro que passaram em suas categorias de base e que brilharam após chegarem em outros Clubes. Estevão, atualmente no Palmeiras e Vitor Roque, que se transferiu para o Barcelona poderiam ter escrito uma história diferente com o Manto Celeste.
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É o que aponta o empresário André Cury, que agencia os dois atletas e, em entrevista ao Storicast, apontou culpados para que a Raposa perdesse tais atletas. O caso de Vítor Roque, que deixou a Toca para atuar no Athletico-PR, após o rival pagar a multa rescisória, teve conselhos de Cury que não foram seguidos.
O empresário explicou como o atual jogador do Barcelona poderia ter permanecido: “O diretor que está lá, se não me engano é Pedro Martins, escutou da minha boca, mais de dez vezes, que precisava aumentar o salário, para aumentar a multa e não ter esse risco.”, cravou Cury.
Vale lembrar, que Vitor foi contratado após a equipe paranaense fazer o depósito da multa em juízo e o Cruzeiro ainda questiona na justiça o valor que foi investido pelo Athletico-PR.
Crias se valorizaram fora do Cabuloso
O caso de Estevão aconteceu quando o atual jogador do Palmeiras ainda tinha 10 anos, em 2017. Descoberto pelo Cabuloso e hoje com 16 anos, o atleta ganhou o apelido de Messinho logo quando começou sua trajetória. A saída do meio-campista aconteceu em 2021.
Cury cita as duas saídas como resultado da administração de Sérgio Rodrigues: “O problema é com o Sérgio Rodrigues. Aí que a gente fala do amadorismo do futebol brasileiro. Esses dois jogadores podem valer, juntos, R$ 1 bilhão”, disparou, ao fazer um comparativo
O empresário ainda completou: “É mais que a dívida do Cruzeiro, e os dois jogadores só saíram do Cruzeiro porque o presidente que estava lá na gestão estava mais preocupado em fazer política e fazer guerra política, do que cuidar dos próprios ativos dele.”
Para citar tal valor, Cury usou como base a quantia envolvida na transferência de Vitor Roque ao Barça, com bônus turbinado e capacidade de superar R$ 400 milhões, enquanto a joia palmeirense tem cláusula de saída fixada em 45 milhões de euros (R$245 milhões pela cotação atual) e desperta interesse de gigantes europeus. A informação é do Globo Esporte, portal que reverberou a entrevista de Cury.
Importante ressaltar que o Globo Esporte procurou tanto Pedro Martins, quanto Sérgio Rodrigues. O atual diretor-executivo do futebol celeste comentou apenas que o processo sobre a saída de Vítor Roque está em andamento na CNRD, já o ex-presidente mandou uma nota explicando as duas saídas polêmicas.
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Confira a nota de Sérgio Rodrigues:
“Primeiramente, quando pessoas como André Cury, Itair Machado e perfis parecidos falam de mim eu fico feliz, sinal que estou no caminho certo. Sempre repito isso quando sou atacado por gente desse tipo.
Quanto ao Vitor Roque sinceramente não entendi o sentido porque ele foi vendido muitos meses depois de eu sair do futebol, então não sei como se deu a saída. Sei o que li a respeito com a versão do Cruzeiro e do Alexandre Mattos, envolvidos na transação, e nenhum deles nunca me citou. Então realmente não sei qual minha culpa da venda de um jogador mais de 6 meses após eu não ter a gestão do futebol. Pelo contrário, foi nossa gestão que profissionalizou o Vitor Roque no Cruzeiro, com visita pessoal e elogio do próprio pai do atleta a época, o que foi registrado em fotos é publicado nas redes do clube. Logo, não posso falar sobre isso porque, repito, não participei de nada.
Quanto ao Estevão realmente foi um episódio triste. O atleta teve uma lesão séria ainda com 13 anos e eu pessoalmente o visitei em casa com nossa diretoria quando isso ocorreu e ele sempre manifestou interesse em ficar. Entretanto, apesar da manifestação de vontade dele, apareceram algumas exigências como apartamento, quantia milionária à vista e salário que, além de não serem permitidos pela legislação para um atleta dessa idade, eram incompatíveis com o Cruzeiro à época. Todos sabem a realidade que estávamos de salários até mesmo atrasados, sendo inviável assumir um compromisso desse. Mas tudo isso, repito, com diversas manifestações do pai e do atleta dizendo que queriam ficar, em mensagens trocadas com nosso Diretor à época, todas até hoje registradas. Então, infelizmente, ele saiu porque acreditamos que houve essa influência de alguém no garoto para receber algo que, repetimos, seria até ilegal porque um atleta de 14 anos não poderia receber o que foi apresentado.”