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Reportagem Especial

CEO de Comitê Organizador minimiza baixo público de jogos do Flamengo no Intercontinental de Clubes: ‘Não tem muita torcida por aqui’

Dirigente garante que baixa adesão nas fases iniciais não afeta as próximas edições e destaca estratégias de preços baixos para atrair trabalhadores locais às arenas do Mundial

Jassim Al-Jassim, CEO do Comitê Organizador da Copa Intercontinental de Clubes da Fifa, minimizou a baixa presença de torcida no Derby das Américas, entre Flamengo e Cruz Azul, e na Challenger Cup, entre o time carioca e o Pyramids, do Egito. As duas noites com o estádio Ahmad bin Ali vazio foram os pontos negativos do torneio que acabou na quarta-feira, com o Paris Saint-Germain campeão.

Em Doha, Catar, torcedores do Flamengo estiveram em clima de festa antes do início da partida contra o PSG pela final do Intercontinental. (Getty Images/Getty Images)
© Getty ImagesEm Doha, Catar, torcedores do Flamengo estiveram em clima de festa antes do início da partida contra o PSG pela final do Intercontinental. (Getty Images/Getty Images)

Foi justamente na decisão que a presença de torcedores foi maior, com 42.150 presentes no estádio para ver o time francês derrotar o Flamengo nos pênaltis. Nas duas partidas anteriores, os públicos de 7.108 pessoas (Derby das Américas) e 8.368 pessoas (Challenger Cup) deram a impressão de que ajustes ainda são necessários para a competição atrair maior interesse de torcedores de dentro e de fora do Qatar.

“Acontece que o Flamengo não tem muitos torcedores aqui. É o caso também do Cruz Azul e dos Pyramids. Mas na final do ano passado, tivemos o Lusail lotado (o estádio tem capacidade para quase 90 mil pessoas) para a partida do Real Madrid”, afirmou Jassim Al-Jassim. “Sabemos que o Flamengo tem torcedores em todas as partes do mundo, mas também pesou o fato de que eles disputaram a final da Libertadores semanas atrás. Mas tenha certeza que esses números de torcedores não afetam em nada as próximas edições do Intercontinental de Clubes”.

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A ideia da Fifa é manter a Copa Intercontinental de Clubes anual, com a Copa do Mundo de Clubes acontecendo a cada quatro anos. Existe o interesse do Qatar em seguir recebendo a competição intercontinental nas próximas temporadas. O torneio é visto como importante para manter os estádios construídos para a Copa do Mundo de 2022 minimamente ocupados, ao longo do ano.

Alguns deles, como o Ahmad bin Ali, se tornaram casa de um clube local. No caso, do Al Rayyan. Mas há outros que dependem de partidas entre seleções ou de competições que o Qatar consegue sediar para seguirem sendo utilizados.

Ajuda financeira a torcedores e ingressos a preços baixos são estratégias

A sensível melhora na presença de torcedores no Ahmad bin Ali na final da Copa Intercontinental de Clubes se deve em grande parte ao apelo que o Paris Saint-Germain tem junto aos torcedores que moram no Qatar. Além de ser o atual campeão do mundo e contar com Dembélé, considerado o melhor jogador do planeta na temporada passada, o PSG tem uma relação estreita com o país. Por pertencer ao QSI (Qatar Sports Investment), vinculado ao governo qatari, o clube conta com a simpatia de muitos torcedores locais.

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Quando o apelo afetivo apenas não é suficiente, o Qatar costuma criar facilidades para que os eventos realizados no país contêm com boa adesão de torcedores. Membros de organizadas do Paris Saint-Germain tiveram os custos com passagens aéreas e hospedagem parcialmente subsidiados pelo clube para virem a Doha acompanhar a partida entre PSG e Monaco, pelo Trophée des Champions, em 2024. Quase 40 mil pessoas assistiram ao time de Paris vencer por 1 a 0, no estádio 974.


Outra estratégia é a venda de ingressos a preços bem acessíveis. O Qatar é um dos países com a maior renda per capita do mundo, mas o público presente nos estádios é majoritariamente de trabalhadores de classes mais baixas, muitas vezes imigrantes de outros países que chegam ao país para trabalhar em setores como o da construção civil.

Para se ter uma ideia, o ingresso mais barato para a final da Copa Intercontinental custou R$60. Enquanto as entradas mais acessíveis para a decisão da Copa do Brasil, entre Vasco e Corinthians, no Maracanã, foram vendidas a R$300.

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Família flamenguista viaja de Brasília ao Catar

Família flamenguista assiste jogo entre Flamengo e Pyramids FC pela Challenger Cup em Doha, Catar (Getty Images/Getty Images)

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