O Brasileirão de 2025 marcou uma virada na relação entre arbitragem e tecnologia, já que o VAR assumiu um papel mais presente nas partidas e levou a competição a registrar os maiores números de revisões e mudanças de decisão desde a adoção do recurso em 2019.

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A nova diretriz da Comissão de Arbitragem, que estimulou um nível maior de checagens, alterou o ritmo dos jogos e ampliou a sensação de interferência direta do vídeo no andamento das rodadas.
Segundo dados do Gato Mestre, do Globo Esporte, a temporada trouxe um crescimento expressivo nas idas dos árbitros ao monitor, com 163 revisões na beira do campo, marca que superou com folga o antigo limite registrado no ano de estreia da ferramenta.
Em comparação com 2024 houve uma elevação de 33% nas consultas presenciais, enquanto o total de paralisações chegou a 624, número que coloca 2025 como uma das edições mais paradas do campeonato desde que a tecnologia foi implementada.

Vista Totem Brasileirao no estadio Arena MRV para partida entre Atletico-MG e Cruzeiro pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Gilson Lobo/AGIF
O Brasileirão encerrou o ano com 192 mudanças após intervenção do VAR, sendo 147 indicadas após ida à tela e outras 45 apontadas pelo ponto eletrônico. Nunca a competição havia registrado tantas modificações e o salto foi de 18% em relação ao último ano, superando o recorde anterior que era de 2020.
O exemplo mais extremo ocorreu em uma partida do Corinthians contra o Bahia em Itaquera, quando a análise de um gol demorou quase oito minutos até a liberação final.
Análise dos árbitros
A análise individual dos árbitros revela outro cenário interessante. Alex Gomes Stefano foi quem mais interrompeu partidas, com 51 paralisações em 21 jogos, embora tenha sido pouco protagonista em mudanças de opinião, já que alterou apenas dez decisões.
Quem liderou o ranking de alterações foi Lucas Paulo Torezin, que registrou 17 correções e viveu uma jornada intensa em Mirassol e Grêmio, quando precisou reavaliar três lances importantes ao longo da tarde.
Entre os árbitros de vídeo, Caio Max Augusto Vieira se destacou pela quantidade de intervenções. Nenhum profissional da cabine participou de tantas partidas nem parou tantos jogos quanto ele, já que foram 53 chamados para análise ao longo da competição.

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A liderança neste último quesito ficou novamente com Wagner Reway, que comandou 20 alterações em 31 jogos e manteve sua posição de destaque pelo terceiro ano seguido. Sua atuação na cabine se consolidou como uma das mais decisivas do Brasileirão, já que uma em cada poucas revisões sugeridas por ele resultou na anulação ou na validação de uma marcação importante.








