Um novo capítulo no futebol brasileiro
Recentemente, no mundo do futebol, as SAFs ganharam uma atenção ainda maior, principalmente ao chegarem em clubes tradicionais, incluindo em solo brasileiro.
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No futebol do Brasil, algumas equipes já se tornaram SAF: Atlético-MG, América-MG, Bahia, Botafogo, Coritiba, Cruzeiro, Cuiabá e Vasco. Por conta da situação financeira do país e dos clubes, uma solução é se tornar mais em uma ‘empresa’.
A Financial Times, em seu site, publicou um artigo em relação as SAFs do futebol brasileiro, como esse novo ‘capítulo’ pode ajudar uma liga que lucra menos em comparação até mesmo a Ligue 1, competição menos disputada, diferente da situação que vimos no Campeonato Brasileiro, incluindo em 2023.
Comparação das ligas europeis com a do Brasil. Foto/ Reprodução: Financial Times
Em sua matéria, a Financial Times entrevistou algumas pessoas do mundo jurídico. Eduardo Carlezzo, advogado desde 2002, opinou sobre essa nova oportunidade para os clubes: “Botafogo, que estava ‘quebrado’, quase se tornou o campeão. O modelo SAF está reabilitando times que estavam destruídos“.
AS SAFs são as soluções?
Atualmente, uma das principais saídas para as equipes lucrarem é vender os direitos de transmissão das partidas, principalmente para o Grupo Globo de comunicação.
O Botafogo se tornou SAF, se livrou de inúmeras dívidas e brigou pelo título do Brasileirão de 2023. É fato, o clube se perdeu no 2° turno, mas passou longe da Série B, competição que virou tradição para o clube nas últimas temporadas.
Na sua opinião, a SAF é a melhor solução?
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Bahia e Vasco, com SAFs ainda mais recentes, mostram erros e acertos. Em 2023, as duas equipes brigaram para não cair até a última rodada. Coritiba e América-MG estão na Série B. O Coxa até trouxe Islam Slimani e Jesé Rodríguez, conhecidos na Europa. Ambos não ajudaram o clube.
Slimani passou rapidamente pelo Coritiba. Foto: Abner Dourado/AGIF
O Cruzeiro, que viveu algumas temporadas na 2ª divisão, viu Ronaldo salvar o clube. O Cuiabá faz um trabalho sólido, se mantém na elite do futebol brasileiro. Entretanto, virar SAF não significa se tornar grande ou o novo ‘papa títulos’. Mesmo sendo uma ‘empresa’, o clube pode sofrer dentro e fora de campo.
Um bom time precisa de uma boa gestão
Não adianta ter dinheiro e gastar com ‘qualquer’ jogador, o Coritiba é um exemplo nesse tópico. Flamengo e Palmeiras, que não são SAFs, mas possuem as melhores gestões, brigam por títulos todos os anos.
O Atlético-MG também é SAF, mas a torcida não está aprovando as decisões mais recentes. Dessa maneira, principalmente com a arrecadação ainda baixa e muitos problemas financeiros, a SAF é uma boa alternativa internamente, que pode trazer resultados para campo.
Enquanto a Nova Liga não sai do papel, as equipes precisam encontrar a melhor maneira para sobreviverem. Alguns optaram pela SAF, enquanto outros, incluindo até mesmo o São Paulo, ainda preferem a maneira tradicional.
A Financial Times trouxe números que apontam a SAF a melhor opção, mas não adianta se tornar ‘empresa’ e continuar com os mesmos erros que eram feitos durante o modelo antigo de gestão.