O Campeonato Baiano já foi dominado pelos clubes da capital, o torneio se iniciava com a ideia de que Bahia ou Vitória conquistaria o título nas finais da competição. Todavia, o cenário vem mudando e o interior vem escalando na competição e ganhando força, aos poucos chegando as finais e, de forma inédita, dois times do interior disputaram o título da competição na temporada passada, Atlético-BA e Bahia de Feira fizeram a decisão com o Carcará levantando a taça do estadual pela primeira vez.
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Na última quarta-feira (16), o Vitória conseguiu fazer o dever de casa e vencer o Bahia de Feira por 2×1, no Barradão, porém o resultado não foi o suficiente para classificar o Leão da Barra para as semifinais do Baianão. Para avançar para próxima fase o Rubro-negro dependia também de um tropeço do Barcelona de Ilhéus diante do Doce Mel, porém o Barça venceu o duelo por 2×1. Estão classificados para a próxima fase: Jacuipense com 21 pontos, Atletico-Ba vem em segundo com 17 , seguido por Bahia de Feira também com 17, e Barcelona de Ilhéus em quarto com 14 pontos. O Vitória encerrou sua participação no Baianão na quinta colocação com 13 pontos conquistados em nove jogos, sendo três triunfos, quatro empates e duas derrotas.
Esta é a quarta temporada consecutiva que o Leão fica de fora das semifinais do Baianão. Na temporada passada o Rubro-negro também parou na primeira fase, com apenas 11 pontos conquistados em novo jogos, sendo duas vitórias, cinco empates e duas derrotas. Em 2021 o clube da capital se despediu com um empate por 1×1 diante do Fluminense de Feira, que acabou sendo rebaixado do estadual.
Em 2020 a campanha foi semelhante, o Rubro-negro empatou em 2×2 com o Doce Mel, e encerrou sua participação no torneio também na quinta colocação, com 13 pontos, três vitória, quatro empates e duas derrotas. Na temporada 2019, a eliminação veio com derrota por 2×0 para o Fluminense de Feira, com a mesma colocação na tabela e o mesmo número de pontos, vitórias, empates e derrotas.
A última vez que o Vitória chegou a uma final foi em 2018, justamente diante do maior rival, o Bahia. Na ocasião, o jogo de ida terminou com o placar de 2×1 e a equipe perdeu o título no jogo de volta, dentro do Barradão, com revés por 1×0. O último título Baiano do Leão da Barra foi em 2017 com dois empates diante do rival tricolor, no jogo de ida por 1×1 e a volta por 0x0, com o título garantido pelo critério do gol fora de casa. Para tristeza do torcedor rubro-negro, 2022 será mais um ano de saudades dos títulos.
Fotos : Pietro Carpi/ EC Vitória | O Vitória derrotou o Bahia de Feira no Barradão
Dado Cavalcantireconheceu que o Rubro-Negro deveria ter feito mais no Campeonato Baiano este ano. “Fica a frustração, o sentimento que poderíamos ter feito mais. Nós não perdemos a classificação hoje. Nós tivemos outras oportunidades. O jogo contra o Unirb para mim foi o retrato disso. Nós empatamos dois jogos como mandante em casa. Não vou colocar nem no pacote o jogo que fizemos contra o Jacuipense que nós fizemos 93 minutos com um jogador a menos. Mas coloco no pacote o clássico que fizemos e fomos bem superior ao adversário e não vencemos. Faltou essa maturidade, essa competência, uma equipe um pouco mais cascudas de nesses momentos de dificuldades ser mais eficiente. E essa eficiência faltou para a nossa equipe. Essa eficiência que nos deixou frustrados por não conseguirmos a classificação.”
O torcedor vive um momento de decepção com o Leão, e Dado entende que não será fácil recuperar a confiança no time. “Não serão com palavras. Não vai ser com fala, não vai ser discurso, com coletivas de imprensa que eu vou seduzir o torcedor a acreditar. Vai ser com trabalho, com pulso firme para fazer o que tem que ser feito. Temos quarta-feira um jogo importantíssimo para o futuro do clube no ano, em relação inclusive a situação financeira, que é de suma importância para todos nós. Então é dar a reposta em campo, fazer o que tem que ser feito no trabalho, no dia a dia, na avaliação que nós iremos fazer de tudo o que foi feito até então, para a gente buscar as repostas em campo e não com palavras.”