O Vitória enfrenta o primeiro Ba-Vi do ano e o duelo acontece nesta quarta-feira (02), às 19h15, no Barradão conta não apenas com toda a rivalidade deste grande clássico, mas também existe a expectativa de recuperação do Leão da Barra que vem de derrota por 1×0 para a Jacuipense. O técnico Dado Cavalcanti enxerga um contexto diferente para o confronto com o Bahia e relativiza revés diante da Jacuipense.

Foto: Pietro Carpi/EC Vitória | Dado Cavalcanti enxerga contexto diferente para duelo contra o Bahia
Foto: Pietro Carpi/EC Vitória | Dado Cavalcanti enxerga contexto diferente para duelo contra o Bahia

“ O contexto muda muito, muda demais. Não quero, mais uma vez, bater na tecla da desculpa de que o time estava com um a menos, enfim… Isso não justifica a derrota. Mas justifica performance. Você olhar todas as vezes no campo e saber que o adversário tem sempre um homem a mais posicionado na sua frente. Fica mais difícil de finalizar, criar. Repito: a derrota não aconteceu por isso. A derrota aconteceu porque o adversário foi mais competente, conseguiu fazer o gol. E nós não tivemos a competência necessária. Mas, numa mudança de contexto, eu entendo que a nossa equipe tem tudo para fazer um jogo mais equilibrado e, potencialmente, criar mais chances e, quem sabe, finalizar melhor.”, avaliou o treinador.

Dado Cavalcanti acredita que será necessário trabalhar os detalhes para evitar uma nova derrota, principalmente no clássico. “Esses detalhes, no confronto entre duas equipes de mesmo tamanho, são fundamentais para o resultado. A gente aprende muito com os jogos, com erros. O aprendizado com os próprios erros machuca ainda mais. Mas entendo também que eles ensinam ainda mais. Espero muito que nossa equipe esteja vacinada em relação a essa condição do que ocorreu contra a Jacuipense, que a gente não dê margem para que isso se repita no clássico.”

Durante a coletiva com a imprensa o treinador também destacou que a equipe mesmo após a derrota demonstrou uma boa preparação física. “São dias mais curtos, momentos mais curtos, porque nós fizemos um jogo de 90 minutos e alguns minutos a mais… A expulsão do Mateus foi com quatro minutos de jogo. No primeiro tempo, tivemos três minutos de acréscimo. No segundo tempo, foram cinco minutos de acréscimo. Então posso dizer que 94 minutos do jogo contra a Jacuipense foram jogados com um homem a menos. A nossa principal intenção, neste período, foi recuperar esses jogadores, que se desgastaram muito fisicamente. Primeiro de tudo, esses atletas deram uma prova do quão preparados estão fisicamente. Isso é um mérito do trabalho de todo o departamento, de todo o clube, de uma equipe como um todo, que deixa os atletas aptos a desempenharem o melhor que eles podem. Porém, esse jogo trouxe resquícios ainda tardios de um desgaste maior que o normal. Visto que todos os jogadores tiveram que correr mais, deram mais piques, correram distâncias maiores. Nosso cuidado maior foi de recuperá-los totalmente para fazer um jogo forte. Aí usei apenas um dia de treinamento específico, porém proveitoso, para que a gente possa fazer um bom jogo.”

O treinador encara com naturalidade o preparo mental da equipe , mas destaca que o elenco precisa chegar com o psicológico fortalecido para o Ba-Vi. “A cobrança é inerente aos dias, ao cargo. No primeiro jogo, já existia cobrança pelo resultado. Nos jogos subsequentes também não foi diferente. Tenho muita tranquilidade e convicção em tudo que está sendo desempenhado. Mas tenho total abertura e entendo como natural a espera que o torcedor tem por bons resultados. E a nossa expectativa também é de ter bons resultados, de figurar na parte de cima da tabela. E visualizo isso como natural. (…) Não posso dizer que seja uma condição especial, mas é um trabalho natural. Após um resultado reverso, em condições extremas… Foi um jogo em condições extremas, então temos que relativizar essa derrota por conta disso. Mas sabendo também da importância de que entra forte, com emocional bastante fortalecido, com motivação em nível alto, para fazermos um bom jogo.” , pontuou.