Neste sábado (31), o Palmeiras enfrentou o São Paulo pela 14ª rodada do Brasileirão, no Morumbi, e ficou no empate de 0 a 0. O desempenho do Palestra deixou a torcida Alviverde contrariada, entretanto, o técnico Abel Ferreira teve os mesmos olhares da massa para a partida e reverberou a insatisfação da massa.

Foto: Flickr Sociedade Esportiva Palmeiras - autor: César Greco
Foto: Flickr Sociedade Esportiva Palmeiras - autor: César Greco

Abel na verdade se mostrou desapontado com o time, principalmente porque o Verdão teve uma rara semana ‘cheia’ para se preparar. Após o Choque-Rei, o comandante português comentou sobre suas impressões do jogo: “Para ser sincero, esperava (mais do time), sobretudo com bola, uma equipe mais criativa. Tivemos uma semana muito boa de trabalho, falei isto antes aos jogadores, que estava à espera de um jogo mais criativo, em que criássemos mais oportunidades”.

 

Na entrevista, não faltaram explicações para detalhar o que aconteceu no Morumbi: “Pelo estudo que fizemos nunca há grandes chances neste tipo de clássico. Nosso adversário teve, quer o gol bem anulado, ou o pênalti que não foi pênalti, quer o último gol em que teve interferência em que antes não há falta do Renan. Dessa falta surge a confusão, mas é um clássico, jogo entre uma equipe que quer muito somar pontos e outra quer continuar na liderança. Em termos ofensivos não estivemos tão criativos para nos libertar desta marcação individual e pegada do nosso adversário”, declarou Abel.

O treinador mexeu na equipe ao perceber que o setor de criação do Verdão patinava. No segundo tempo, acionou Gabriel Veron e Breno Lopes para conferir velocidade ao setor ofensivo. Algumas chances de marcar gol surgiram, mas não se concretizaram justamente porque a noite estava fadada ao baixo rendimento da equipe.

A equipe do clube rival, também ganhou análises de Abel, que apontou a forte marcação do São Paulo, como fator importante para anular a criatividade do Palestra no clássico:

“Uma equipe com uma pegada muito forte, muito grande. Nos estudos que fizemos vimos que era a segunda equipe que faz mais faltas no campeonato. Isto mostra a agressividade que mete. Em um clássico desse a classificação não entra, a gente sabia o quanto nosso adversário queria ganhar, mas a verdade é que nós não tivemos a criatividade que é preciso ter contra times que fazem este tipo de marcação, mas ao mesmo tempo tivemos a capacidade de ficar com a baliza a zero, é uma série boa de jogos sem sofrer gols. Foi um jogo muito competitivo e contra o São Paulo nossos duelos têm sido assim. Um duelo de pegada, como na final do Paulista. Agora é descansar nossos jogadores e preparar ao próximo jogo”, finalizou o treinador.