Nesta quarta-feira (8) o caso da acusação de injúria racial, apresentada por Edenílson contra o lateral do Corinthians, Rafael Ramos, ganhou um novo capítulo. De acordo com laudo de leitura labial solicitado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, não é possível identificar o conteúdo da fala do jogador português.

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O documento de 40 páginas foi enviado nesta quarta-feira pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul à 2ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, responsável pelo caso. A informação é do Globoesporte.com. O ato que originou o inquérito aconteceu no dia 14 de maio, quando o Campeão de Tudo recebia a equipe paulista, em partida que terminou com o placar de 2 a 2. Segundo denúncia apresentada por Edenílson, Rafael Ramos o teria chamado de macaco. O atleta corintiano foi preso em flagrante por injúria racial e acabou solto após pagar R$ 10 mil de fiança.
O IGP explicou tecnicamente o motivo da análise não conseguir identificar o que foi dito no lance durante a partida no Beira-Rio. A nota informa que a maior parte dos gestos que compõem a fala de Rafael Ramos, acontecem na “porção interna da cavidade oral”. Na sequência dá o resultado do trabalho realizado: “Por essas razões, é impróprio que a perícia criminal oficial do Estado afirme, com responsabilidade do ponto de vista processual e científico, o que foi proferido pelo jogador na cena questionada”.
O documento já está nasmãos da delegada do caso, Ana Luiza Caruso, que se posicionou sobre o novo fato e apontou as providências junto ao Ministério Público (MP), que vai decidir se o processo avança nas esferas da Justiça: “Vamos juntar a perícia contratada pelo Edenilson e pelo Rafael Ramos, e aí tem a questão da palavra da vítima, ver o que tem de prova, que não seja suposição. Em princípio não vai ter indiciamento”, declarou a delegada em entrevista ao Globoesporte.com.








