Alexi Portela, ex-presidente do Vitória e atual conselheiro, concedeu uma entrevista aoBN Na Bola, da Rádio Salvador FM 92,3, e revelou os bastidores preocupantes do Clube, desde a falta de combatividade em campo, até o fator financeiro – que pode prejudicar ainda mais o futebol apresentado pela equipe.

Gilberto Junior/Bocão News. Alexi Portela vê boa gestão do Vitória, mas recursos escassos para ajudar o Clube a se reerguer.
Gilberto Junior/Bocão News. Alexi Portela vê boa gestão do Vitória, mas recursos escassos para ajudar o Clube a se reerguer.

“A situação é preocupante. Dentro de campo, a bola não tem entrado. O time não está rendendo que o presidente [Fábio Mota] esperava. Não estamos fazendo gols. Nas últimas partidas a equipe melhorou, mas precisa fazer gols. Estamos ajudando a gestão, mas a gente precisa sair desta situação incômoda no campeonato, que é muito ruim”, pontuou. O Vitória está em 17º lugar na Série C do Brasileiro e corre riscos de rebaixamento.

“Temos que trazer de três a quatro jogadores mais cascudos. Temos muitos meninos da base que ainda não possuem aquela cancha para uma competição dessa, mesmo sendo a Série C. Temos que trazer jogadores cascudos para equilibrar o time”, disse Alexi Portela sobre o elenco, durante a entrevista.

Portela vê a criação da Sociedade Anônima de Futebol, a SAF, como única aternativa para tirar a equipe do cenário atual. “A única saída para o Vitória, não tenha dúvida, é a SAF. O Vitória tem que se arrumar. Não pode perder tempo. Não tem receita. Precisa de um investidor. Ou então achar uma pessoa que banque o clube. O Fortaleza passou 7 anos na Série C e quem tirou foi uma pessoa muito rica. Botou o clube na A e deixou com Marcelo, que, muito competente, está mantendo. Ou arruma uma pessoa para colocar 30 milhões para o Vitória, ou transforma em SAF“, opinou o conselheiro.

Alexi ainda revelou que chegou a cogitar um processo de recuperação judicial, contudo, a situação financeira do Clube atrapalhou e, hoje em dia, seria difícil que a alternativa funcionasse. “Para uma recuperação judicial daqui para frente o Vitória não pode atrasar nada, porque aí se torna uma falência, que é muito pior. Foi o que quase aconteceu com o Figueirense. É uma situação de risco, não pode ser feita de qualquer maneira“, ponderou.