Na manhã desta sexta-feira (29), a Fifa confirmou o banimento perpétuo de Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em atividades relacionadas ao futebol. A câmara decisória do Conselho de Ética da entidade concluiu que o ex-presidente da CBF é culpado nos crimes de suborno. Além de multa que gira em torno de R$ 4 milhões, a pena exige que Ricardo Teixeira esteja proibido de se envolver com o futebol.

FIFA Executive Committee Meeting
© 2011 Getty Images, Getty Images EuropeFIFA Executive Committee Meeting

A investigação da Fifa analisou a vida profissional de Teixeira entre os anos de 2006 e 2012. Ao focar em contratos que envolviam a CBF, Conmebol e Concacaf, o Conselho de Ética apurou que empresas de mídia também estariam envolvidas no esquema. Conselho entende que o cartola tenha violado o artigo 27 do Código de Ética da entidade máxima do futebol.

Pena também foi imposta à outros presidentes da CBF. Marco Polo Del Nero e José Maria Marín também estão vetados de atividades ligadas ao mundo futebolístico. Entretanto, o processo desdobrado pelo FBI, em parceria com a Justiça dos Estados Unidos, colocou Ricardo Teixeira como um dos protagonistas do esquema de corrupção.

 

Além de ocupar cadeiras nos Comitês Executivos da Fifa e da Conmebol, Ricardo Teixeira esteve no cargo de presidente da CBF durante cinco mandatos consecutivos - entre os anos de 1989 e 2012. O brasileiro foi acusado de enviar propinas para empresas do universo comunicacional. Nome do ex-presidente da CBF começou a ser investigado depois de escândalo que estourou em 2015 - inúmeros cartolas foram presos com as investigações.