Faltando 14 rodadas para o término do Campeonato Brasileiro, a situação no Botafogo é dramática. Na última quarta-feira (09), o time comandado por Eduardo Barroca foi goleado por 4 a 0 pelo líder São Paulo e se manteve na incômoda penúltima colocação da tabela com apenas 20 pontos. Hoje, são cinco pontos de distância para o Sport, o primeiro fora do Z-4. 

"Não se respeitou o que havia sido acordado", expõe Ramon Díaz
"Não se respeitou o que havia sido acordado", expõe Ramon Díaz

 

Mais do que a classificação, o ambiente dentro e fora de campo é o que mais incomoda o torcedor do Glorioso. Nas quatro linhas, poucos vêm se salvando das críticas, nem Kalou e Honda escapam ilesos dos desabafos do botafoguense e a bagunça na direção se comprova no planejamento do clube somente no Brasileirão. 

Até aqui, em 24 rodadas, o Botafogo teve quatro treinadores diferentes: Paulo Autuori, Bruno Lazaroni, Ramon Díaz e finalmente Barroca. O argentino foi um caso à parte, já que sequer teve tempo para assumir o comando. Foram apenas 22 dias de novo clube, porém uma cirurgia brecou sua passagem. 

Díaz foi apresentado em General Severiano no dia 10 de novembro e precisou ser submetido um procedimento quatro dias depois. Seu filho Emiliano tentou o substituir à beira do gramado, porém a grave situação do clube no Brasileiro forçou o clube a buscar Barroca.

Nesta quinta-feira (10), o argentino, campeão da Libertadores pelo River Plate em 1996, falou pela primeira vez após a saída conturbada do Botafogo. Ao jornalista Thiago Franklin, o treinador explicou que havia um acordo para que se aguardassem 30 diaspara  a recuperação.

"O clube havia acordado um prazo e um mês para poder voltar. É uma lástima. Se apressaram um pouco nas decisões, sabemos que a situação do clube não era muito boa também, mas para um projeto certo há que se apostar. Não se respeitou o que havia sido acordado. É uma lástima, porque estava entusiasmado com esse projeto", revelou Ramón.