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Série B

Presidente do Náutico se pronuncia após denúncia de ex-diretora sobre assédio sexual envolvendo gestor financeiro do clube

Edno Melo afirmou que a denúncia não teria tido tanta repercussão se não tivesse sido exposta em período de eleição do clube

Publicado em

Por jessica campos

A ex-diretora da mulher e de operações do Náutico, Tatiana Roma, protocolou na última segunda-feira, 22, uma denúncia onde apontou ter sido vítima dos supostos crimes de importunação sexual, injúria, calúnia e difamação, contra o atual superintendente financeiro do clube, Errisson Rosendo de Melo, irmão do atual presidente executivo, Edno Melo. A situação foi exposta por Tatiana nas redes sociais e ganhou uma forte repercussão. De acordo com o GE, um grupo de torcedores alvirrubros composto inclusive por vários influenciadores, está organizando uma manifestação em solidariedade e cobrando uma atitude enérgica do clube sobre o caso. Ato está previsto para a próxima quinta-feira, 25, no mesmo horário em que a equipe entra em campo, o que não é coincidência, segundo os organizadores.

Após denúncias, presidente do Náutico se pronuncia sobre denuncia de suposto caso de assédio sexual
Após denúncias, presidente do Náutico se pronuncia sobre denuncia de suposto caso de assédio sexual

Diante da repercussão, o presidente do clube, Edno Melo, se pronunciou em entrevista à Rádio Jornal, afirmando que Tatiana teria proposto o acordo extrajudicial para retirar a primeira denúncia feita por ela ao Conselho Deliberativo. “Ela fez a denúncia no Conselho e ela que procurou o acordo. A única coisa que Edno Melo acordou foi a quantidade de cestas. Inclusive, a gente tem como mandar para vocês (imprensa) a prova disso. Ela queria que fosse paga duzentas cestas e eu disse: “Tati, ele não tem condições de pagar, mas ele pode pagar cinquenta?” E cinquenta cestas a R$ 50 dá R$ 2.500. É o depósito que foi feito. O Lar do Neném (ONG), inclusive, foi uma indicação minha e eu até disse a ela para ir lá entregar também e vamos acabar com isso, com essa história, uma coisa tão triste”, afirmou Edno.

O mandatário chegou a ser questionado se o acordo não seria uma evidência de que o assédio teria acontecido e em resposta, questionou os interesses de Tatiana. “Muito estranho, não é? Fazer um acordo do nada. E por que foi lutado tanto pra fazer um acordo? Por que ela não prosseguiu com a denúncia que está fazendo agora? E por que estoura agora a dez dias da eleição? O acordo não partiu de mim, partiu dela. Inclusive eu tenho a conversa no WhatsApp e posso provar”, disse.

Foto: Reprodução | De acordo com Tatiane, outras quatro mulheres foram vítimas de Errisson

Foto: Reprodução | De acordo com Tatiane, outras quatro mulheres foram vítimas de Errisson

Ainda de acordo com o presidente do clube, o superintendente financeiro, que também é seu irmão, não poderia ser demitido, alegando a existência de uma cláusula que determina a permanência de Errisson Melo no cargo até dezembro, quando se encerra o atual mandato. “Um dos pontos desse acordo, que não fui eu que fiz, volto a repetir, eu sequer li uma cláusula, era ele terminar o mandato e acabou. Eu até disse a ela, “se você quiser ele sai agora” e ela disse que ele poderia terminar o mandato”, explicou.

Edno, porém, confirmou que p sigilo sobre o caso. “Pra quê? Pra quê isso? Que necessidade tem isso aí? Vamos resolver isso. Vamos punir ele aqui”. Em todo momento eu procurei fazer a conciliação porque eu acho isso uma coisa desnecessária. E eu volto a dizer que se existir algum dolo, que ele pague. Se existiu por parte dela, que ela pague. Não estou aqui pra passar a mão em ninguém. A gente está sofrendo bastante. Toda a minha família está sofrendo bastante.”, afirmou.

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Foto: Divulgação / Náutico | Alexandre Carneiro e Edno Melo em um evento comemorativo ao título de campeão pernambucano de 2021

Foto: Divulgação / Náutico | Alexandre Carneiro e Edno Melo em um evento comemorativo ao título de campeão pernambucano de 2021

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O presidente sugeriu que a exposição teria interesses eleitoreiros. “Um caso tão grave desse qualquer pessoa teria no mínimo a coerência de deixar em sigilo. Como é que um caso tão grave desse, se não fosse por motivo eleitoral, se espalharia da maneira que se espalhou?”, e encerrou pedindo que Tatiana tornasse público os nomes das mulheres que também teriam sido vítimas de Errisson para que o caso tivesse um desfecho. “ Só chegou ao seu conhecimento através da mídia. Se existe isso que ela dê os nomes das pessoas e as pessoas testemunhem a favor dela. Eu não estou aqui pra defender ninguém. Se existiu o dolo, que ele seja punido. Agora, ela não está dizendo que existem mais quatro funcionárias? Que ela apresente essas quatro funcionárias, o depoimento delas e está encerrado. Quando se trabalha com a verdade não tem problema e só mostrar”.

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