O Atlético Mineiro foi o primeiro time brasileiro a se classificar para as quartas de final da Copa Libertadores, mas não foi nada fácil para o clube mineiro. Na última terça-feira (20), o Galo voltou a empatar por 0 a 0 com o Boca Juniors, da Argentina, no Mineirão e só conseguiu a vaga nas penalidades graças a grande atuação do goleiro Everson, que defendeu dois pênaltis e converteu a última cobrança do Alvinegro. Porém, antes do duelo na marca da cal entre brasileiros e argentinos, um gol anulado *dos Xeneizes pelo VAR gerou muita revolta 

Foto: Marcelo Endelli/Getty Images
Foto: Marcelo Endelli/Getty Images

 

Logo após a partida, cenas lamentáveis ocorreram dentro do Mineirão. Revoltados com a eliminação, os jogadores do Boca Juniors protagonizaram cenas de vandalismo ao tentarem invadir o vestiário onde estavam os atletas do Atlético. Para tentar intervir o ato, o presidente da equipe mineira junto dos seguranças, tomaram a frente para acabar fúria dos Xeneizes. Mas, a confusão continuou e os argentinos tentaram confrontar a polícia, que estava presente no estádio. 

 


Por este motivo, a delegação Argentina foi encaminhada a delegacia onde passou a madrugada, fazendo com que os jogadores perdessem o voo de volta para o país vizinho. Toda essa confusão fez os dirigentes do Boca cogitarem ir a Conmebol pedir para que o Atlético Mineiro fosse eliminado da competição. A informação foi revelada pelo jornalista Germán García Grova, da ‘TyC Sports’.

 

A advogada especialista em direito desportivo, Fernanda Soares, explicou a equipe de reportagem do Lei em Campo que é possível haver eliminações em atos de vandalismo como desta quarta-feira (20), mas acredita que isso não irá acontecer: “De fato, o Código Disciplinar da Conmebol prevê a eliminação da competição como uma das sanções possíveis em caso de ocorrência de qualquer infração punível. Mas estamos falando de uma punição extremamente gravosa, que causa um prejuízo enorme à própria competição desportiva. Por lógica, só se aplica uma punição assim quando a infração foi comprovadamente mais grave que as consequências da própria sanção. Não me parece ser o caso, já que os meios razoáveis para evitar o ocorrido e para conter a confusão foram providenciados pelo Atlético-MG (clube mandante), especialmente no que se refere à segurança”, concluiu. 

 

Para piorar, o presidente do Boca, Jorge Amor Ameal saiu da casinha e deu uma declaração polêmica ao falar sobre um possível retorno do Alvinegro a Argentina: “O Atlético tem que voltar a Argentina e tomara que receba todas as “atenções” que merece”, afirmou.