A situação da Ponte Preta não é fácil. O presidente do clube, Marco Antônio Eberlin, deu entrevista coletiva na tarde de segunda-feira (10) e falou sobre as condições financeiras do clube, além de ter tratado das saídas de Ivan, assédio sobre Moisés e a chegada do atacante Lucca. Segundo ele, a Macaca não lucrará nada nas negociações de Ivan e Moisés por conta de empréstimos anteriores.
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Ele acrescentou que as conversas com Lucca estão em andamento, mas que a situação financeira do clube é “caótica”, chegando a ter atrasos de dois meses e do 13º de funcionários, bem como da necessidade de cerca de R$ 20 milhões para deixar a casa em ordem. Confira as respostas abaixo sobre cada um dos assuntos tratados por Eberlin.
Moisés
“Receber jogadores em troca está descartado. A Ponte já tem seu elenco praticamente pronto. Em relação a empréstimo ou venda, a Ponte precisa de dinheiro no caixa, mas eu vou alertar também: o Moisés tem um percentual pequeno que pertence ao clube. Nenhum dirigente do futebol brasileiro procurou Marco Antônio Eberlin, que é o presidente da Ponte. E eu só vou falar quando for procurado. Agora se empresário conversa nos bastidores com alguns diretores ou funcionários do clube, para mim isso não passa de especulação. Se houver e for bom para a Ponte, para o jogador e para quem a Ponte deve, poderá ser feito negócio, mas até agora não passa de especulação.”
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Ivan
“Dificilmente vamos obter qualquer lucro financeiro com a venda do Ivan. O Ivan, apesar dos direitos pertencerem à Ponte, a Ponte fez mútuos tendo como garantia a venda do Ivan. E esses mútuos não foram pequenos. É algo na ordem de R$ 10 milhões, R$ 12 milhões. Então dificilmente vai aferir algum valor com a venda dele, e muito menos tem controle da saída. Diante da categoria dele, da procura que existe, o Ivan possivelmente pode sair, mas até a tarde desta segunda-feira, oficialmente, não fui procurado ainda pela diretoria do Corinthians.”
Lucca
“O Lucca existe uma negociação, ela ainda não terminou, pode ocorrer, mas não é certeza. Estamos tentando de todas as formas trazer o Lucca de volta para a Ponte, mas não está definido.”
Finanças problemáticas
“A Ponte busca recursos de diversas formas. Felizmente ou infelizmente vão existir parcerias com empresários e investidores, porque a situação financeira do clube é caótica. Não é nenhum mecenas ou dirigente que vai saldar um, dois, três milhões de reais, como antigamente. Hoje o buraco é mais embaixo. A Ponte necessita algo na ordem de R$ 20 milhões para se colocar de maneira correta. Os outros números maiores, que eu estimo passarem de R$ 200 milhões, só posso passar depois de auditoria dentro do clube, que também está acontecendo.”
Salários atrasados
“O salário dos funcionários não está em dia. Na verdade, sabíamos que herdaríamos alguma coisa de atraso, mas pensávamos que seria o décimo terceiro. Mas são dois meses e mais o décimo terceiro. Só que eu me antecipei e já na semana passada conversei com os funcionários para dizer que iríamos pagar os salários nessa semana. Por um atraso na ata de reunião de diretoria que me empossava, o registro aconteceu no fim da tarde de quinta, de forma documental, e eu passei a ser presidente na sexta, para que eu pudesse assinar empréstimos. Então leva alguns dias. Eu pedi o prazo máximo na sexta, mas talvez ocorra antes. Lembrando que eu teria de pagar salários em 5 de fevereiro, mas vem um espólio, que eu tenho de responder também, e será respondido. Já conversamos com os funcionários.”
Planejamento financeiro
“Quanto ao padrão salarial, a Ponte não investiu um centavo em pagamento de luva, não pagou comissão a agentes e tem colocado os salários, inclusive do Dedé, dentro da realidade da Ponte. O Dedé veio com um salário dentro da nossa realidade e não com o salário que ele estava acostumado a receber num passado recente.”
Objetivos em 2022
“Da minha parte, o torcedor pode esperar garra, vibração e uma busca incessante por resultado contra qualquer equipe. Agora falar em títulos, fica um pouco mais difícil. Pode ocorrer, mas a Ponte está montando um time com a cara da sua torcida. Que vá para campo e mostre toda vibração e toda transpiração. É isso que vamos cobrar do elenco. Se tivemos a felicidade de montar uma equipe boa boa, só jogo a jogo vai poder ser respondido. Às vezes no papel está uma maravilha, mas a bola não entra, e o torcedor pode ficar decepcionado. Só peço que o torcedor acredite, que venha nos ajudar, porque com ele do lado a Ponte se torna muito diferente. E pode ter certeza que no meu mandato a Ponte sempre terá um time que vai dignificar as cores, a instituição e a torcida da Ponte.”