O Vasco se viu perdendo a contratação do atacante Lelê, destaque do Campeonato Carioca pelo Volta Redonda e artilheiro do torneio até o momento, com nove gols anotados, para o rival Fluminense, e não gostou nem um pouco do ‘chapéu’ aplicado. Após a oficialização da venda, Abel Braga, diretor técnico do Cruz-Maltino, não poupou críticas aGuilherme,dirigente do Itaboraí Profute e um dos responsáveis pela negociação do atleta.
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Depois do anúncio da contratação doTricolor,Abel foi direto ao falar a respeito do conhecido de longa data. “O Vasco desistiu porque o Vasco gosta de negociar com homens de palavra e esse cara, nem o empresário dele ou o Itaboraí Profute foram homens o suficiente para cumprir aquilo que foi dado à palavra, várias e várias vezes. Esse tipo de jogador para nós não serve“, disse, antes de completar:
“Isso não tem cabimento. Não estamos falando de clube grande, maior ou menor que o outro. Estamos falando da forma de agir e esse cara não foi correto, o Flávio (Guilherme) não foi correto. Inclusive no sábado passado, eu liguei para ele e nem falei o assunto, porque chegou até mim um papo sobre um outro clube e ele já foi falando que a negociação estava certa. O Flávio já tem umas histórias antigas que não o favorecem muito. Então isso não é novidade para mim. Isso no futebol também não é de se estranhar. Mas nós estamos buscando, coisas e pessoas, que não nos dê nenhum tipo de preocupação quanto ao caráter e a atitude. O Vasco é muito grande e é para pessoas grandes“, finalizou Abel.
Em entrevista ao portalNetFlu, Flávio Guilherme respondeu sobre o episódio e disse se houve, de fato, alguma promessa não cumprida. O dirigente do Itaboraí, então, rebateu as declarações do diretor vascaíno. “Nós do Itaboraí Profute ficamos surpresos com a atitude do grande Abel Braga. Ao citar meu nome, ele quis transferir toda a responsabilidade do negócio não ter dado certo pra mim. Faltou um pouco de coragem a ele, a quem considero muito, para citar as “histórias antigas” que ele disse que tenho. Até porque também todos temos histórias antigas. Que nos favorecem ou não. E isso eu falo de todos. Inclusive ele. Mas como eu tenho “fair play” tudo que eu sei no futebol , guardo pra mim. Imaginem se eu conto?“,questionou.
Flávio Guilherme ainda disse que nunca foi dada certeza de negócio com o Vasco da Gama ecitou um artigo da Lei Pelé, afirmando queé o jogador que define o próprio destino. “Já foi dito amplamente que foi uma escolha do atleta que tinha o projeto de disputar aLibertadores. E o atleta sequer prometeu nada ao Vasco ou ao Abel. Nunca falou com eles. O Artigo 38 da Lei Pelé, que acho que o Abel desconhece, é claro. Sem a anuência do atleta, eu não poderia obrigá-lo a ir para o Vasco, Real Madrid ou o Íbis. Tenho certeza que o Lelê será feliz no Fluminense. E o Itaboraí Profute coloca um ponto final na história. Só estou respondendo porque o Abel citou meu nome. E deixou no ar acusação ao falar de “histórias”, que repito, todos nós temos. Inclusive ele. Mas não sou o Forrest Gump e nem o Monteiro Lobato pra contá-las“,concluiu.