OCorinthians apresentouum valor extremamente alto de dívidasem seu balanço de 2019, e R$ 110 milhões se referem a Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de funcionários e jogadores. Especialistas ouvidos peloGloboEsporte.comapontam que isso caracteriza crime tributário e pode ocasionar problemas ao Timão.
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Apósfecharo ano passado comR$ 88,7 milhõesa pagar em imposto de renda, o valor mais do que dobrou desde o fim de 2018, quando o débito era deR$ 36,9 milhões. O balanço não apresenta detalhes, mas a dívida se refere a tributos descontados dos salários dos funcionários – e que não foram repassados à União.
Andrés vem sendo bastante criticado – Foto: Daniel Augusto Jr/Corinthians.
Ao que se trata apenas deFGTS, adívida cresceu 333% no último ano, saltando deR$ 6,6 milhõesparaR$ 22 milhões. Segundo um membro da diretoria alvinegra que não quis se identificar, o atraso nos pagamentos de FGTS passou a ser praxe no Corinthians há mais de um ano. Quando decide demitir um funcionário, o clube quita as parcelas atrasadas para não ter problemas jurídicos.
Vale lembrar, que o balanço financeiro de 2019foi enviado no fim de abril a alguns conselheiros do Corinthians, mas só será publicado no site oficial do clube após ser votado pelo Conselho Deliberativo – o que ainda não tem data para ocorrer por conta da pandemia do novo coronavírus.
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Em relação aonão pagamento de Imposto de Renda, o Corinthians pode ser acusado decrime de apropriação indébita, previsto no artigo 168-A do Código Penal, ele consiste em deixar de repassar à Receita Federal as contribuições recolhidas.Já o advogado Maurício de Figueiredo Corrêa da Veiga, presidente da Comissão de Direito Desportivo da OAB/DF (2012; 2013/2015 e 2016/2018), vê um cenário alarmante e lembra que a dívida de FGTS pode acarretar na rescisão de contrato de jogadores.