Henrique está fora do Cruzeiro desde o último ano, mas ainda convive com as críticas e ofensas. Entretanto, ressaltou que não tem mágoa. Aos 37 anos, o volante fez revelações e relembrou o começo de carreira, o sucesso na Raposa e a crise que explodiu no clube após o rebaixamento em 2019.
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O volante ressaltou que foi chamado de ‘mercenário’, ‘traidor’ e ‘acabado’. Apesar disso, declarou que o sentimento não foi de raiva após ouvir isso. Enfatizando que guarda apenas o carinho da torcida Celeste. “Eu sou muito grato ao clube e, principalmente, aos torcedores cruzeirenses. (…) E é pelo respeito que tenho por cada torcedor que eu digo que não, eu não fico magoado com o que algumas pessoas dizem ou escrevem sobre mim”.
Henrique chegou ao Clube mineiro em 2008 e construiu uma trajetória vitoriosa na equipe, acumulando conquistas como a Copa do Brasil, em 2017 e 2018, o Campeonato Brasileiro, 2013 e 2014, e o Campeonato Mineiro, 2008, 2009, 2011, 2014, 2018 e 2019. Foram mais de 500 partidas disputadas com a camisa do Cruzeiro.
Fernando Moreno/AGIF
Além de ser campeão, o jogador se tornou uma liderança no grupo. “Pra quem não gostava de holofote, pra quem relutava em ser jogador profissional, até que eu tinha ido longe. Nessa altura nada mais me assustava”. Entretanto com a crise em 2019 e com os salários atrasados, Henrique ressaltou que tomou a frente e cobrou a diretoria. “Capitão é só um cargo simbólico, ele não tem a caneta pra decidir nada”.
O defensor ainda destacou que a desorganização do clube nas quatro linhas foi algo inédito pra ele. Além de dentro de campo ter ainda mais decepções. “Nunca vi tanta falta de compromisso por parte de alguns atletas. Lembro do dia em que perdemos de 4 a 1 para o Grêmio, em pleno Independência. No fim do jogo, eu estava morrendo de raiva por dentro, mas tinha jogador do nosso time dando risada com os adversários, num clima tranquilo, como se a gente tivesse vencido a partida. Aquilo foi muito decepcionante”.