Parece que alguns técnicos brasileiros não estão muito felizes com a cada vez maior presença numérica de treinadores estrangeiros. Em palestra concedida ao evento Brasil Futebol Expo, durante a semana,Vanderlei LuxemburgoeOswaldo Oliveira não pouparam palavras a respeito da insatisfação quanto a presença detécnicos ‘forasteiros’, principalmenteportugueses, no futebolbrasileiro.
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Durante o monólogo, Luxacriticou os termos usados pelo futebol atual, quais ele resumiu em uma simplesmudança de terminologia. “Moderno é o c*o, terminologia não é p*a nenhuma. Temos que falar o futebol da maneira de brasileiro. O ‘Big Field’é na Inglaterra, aqui no Brasil é “nois”, é ponta-esquerda, ponta-direita, centroavante. Estão falando que nós que temos 70 anos estamos ultrapassados, e estamos p*a nenhuma”, bradou Luxemburgo.
De acordo com o brasileiro, o sucesso dos clubes não estão nos treinadores, mas na mudança de estrutura e planejamento, que permitirão os títulos. O técnico ainda questiona se houve algum novo esquema tático trazido pelos portugueses. “Duvido que alguém saia daí[plateia]e me mostre um esquema tático novo, não existe esquema tático novo. Eles[imprensa]ficam p*os comigo, eu os enfrento porque eles têm medo de mim. Terminologia não é modernidade. A modernidade está na estrutura do Palmeiras, do São Paulo, do Corinthians, do Atlético-MG”, finalizou.
Os treinadores portugueses, inclusive, tiveram críticas direcionadasà eles. Para Oswaldo Oliveira, o futebol brasileiro não precisade técnicos estrangeiros, a menos que sejamGuardiola ou José Mourinho. “Claro que tem direito de virem aqui. Se você me perguntar se eu acho que o Brasil precisa de um treinador estrangeiro,eu vou te responder que precisamos muito. Temos que ter estrangeiros na bocha, no arco e flecha, na esgrima, no water polo, na ginástica olímpica, no handebol, mas no futebol não precisa trazer. Só se vier o Guardiola ou o José Mourinho, porque aí é f*a”. disse.
O treinador ainda criticou a forma que os estrangeiros entram no mercado brasileiro, uma vez que, na Europa, é necessário umalicença da UEFA para poder treinar equipes. “A gente, hoje, não consegue sair daqui[Brasil]e nós estamos brigando por isso. A gente não consegue sair daqui para treinar um time de segunda divisão em Portugal, porque tem que mostrar o ‘bagulho’ lá. Eles[portugueses]chegam aqui,metem o pé na porta, e qualquer um dirige o melhor time do Brasil, é só falar ‘ora pois‘” esbravejou.