O Goiás venceu o Universitário (PER), na última terça-feira (23), por 1 a 0, com gol de Apodi aos 43 minutos do segundo tempo. No entanto, apesar do triunfo, o clime após a partida não foi nada bom no Esmeraldino. Além da confusão nos vestiários com jogadores do clube peruano, os dirigentes goianos não gostaram da escalação utilizada pelo técnico Emerson Ávila. 

Foto: Heber Gomes/AGIF - Escalação de Emerson Ávila foi criticada pela diretoria do Goiás
© 1699Foto: Heber Gomes/AGIF - Escalação de Emerson Ávila foi criticada pela diretoria do Goiás

O treinador poupou muitos titulares, escalando uma equipe reserva para o confronto decisivo. Com isso, o Goiás não conseguiu levar muito perigo e só chegou a vitória com a entrada dos jogadores considerados titulares. A decisão da comissão técnica irritou a diretoria. Em entrevista concedida às Feras do Esporte, da Rádio BandNews FM, o presidente do conselho deliberativo, Edminho Pinheiro, disse que tanto ele, como Harlei Menezes, e Paulo Rogério, não conseguiram entender a ideia do treinador.

"Não podemos cometer erros de posicionamento como hoje, evidentemente era previsto que nós faríamos um primeiro tempo ruim devido ao esquema adotado. Isso me deixou muito contrariado, tanto eu como o presidente (Paulo Rogério) e o Harlei, a gente não consegue entender determinadas coisas, mas infelizmente essa é a condição do futebol. Na nossa empresa é a gente que manda, mas o futebol é uma coisa engraçada, a gente só segue o fluxo", declarou Edminho. 

Foto: Isabela Azine/AGIF - Goiás venceu com gol de Apodi

Foto: Isabela Azine/AGIF - Goiás venceu com gol de Apodi

Na entrevista coletiva, Ávila explicou que a decisão de escalar um time reserva foi coletiva, visando prevenir lesões dos jogadores, muito por conta da 'maratona' que o Goiás está passando, jogando o Brasileirão e a Sul-Americana. 

"Primeiramente, o futebol já é uma ciência, claro que não tão exata quanto a matemática, há bastante tempo. Temos ferramentas que nos auxiliam a seguir o melhor caminho. E de acordo com essa ferramenta a gente tem resultados da parte física dos atletas que podem ser indícios de possíveis lesões. A gente vem de uma sequência bem desgastante. A decisão foi coletiva. Alguns atletas nós nem levamos para o banco, como Maguinho, Lucas Halter e Matheus Peixoto. Atletas que estavam numa iminência de lesão. Outros a gente sabia que poderia utilizar durante a partida. Não foi pensando no jogo contra o São Paulo, e sim no que aconteceu para trás", disse Ávila.