Pane nas Alamedas Palestrinas! Sinal de alerta ligado total! 

Palmeiras na espiral do caos
Palmeiras na espiral do caos

Diante do Internacional, na noite da última quarta-feira (02) no Allianz Parque, o Palmeiras chegou ao limite da mediocridade, pobreza de ideias e de criação, a repetição de atuações horríveis já coloca a jornada alviverde em uma espiral do caos.

A continuidade por Vanderlei Luxemburgo, que já era uma decisão divida, se tornou ameaçadíssima nas últimas 12h, afinal o “pojeto” patina a olhos vistos. Na paleta do horror encontram-se escalações equivocadas, alterações inúteis, jogadores mal aproveitados e várias peças no time que não se encaixam.

O jogo contra o Colorado de Porto Alegre por pouco não teve um resultado mais desastroso. Um ponto dentro de casa, nas condições bizarras que o Palmeiras vivencia, acabou sendo lucrativo. Em uma apresentação palestrina em que a descrição seria extremamente repetitiva, com os já conhecidos adjetivos que apontam inoperância, o Inter fez o gol nos acréscimos, mas o empate dos donos da casa veio em um lance que pontuou a atuação de dois nomes que destoam dos demais: Luiz Adriano e Gustavo Gómez.

A jogada teve início com um avanço de Rony. Ao chegar na área, o camisa 11 puxou a tabela com Luiz Adriano, que prontamente trocou passes logo com um calcanhar deixando o atabalhoado atacante em condições de devolutiva de bola para um arremate perfeito da penetração.

Porém Rony escorregou em uma imaginária casca de banana - pateticamente o atacante foi ao chão. Embora não há de se tirar seu mérito em participar da jogada do gol, é certo que de cascas de bananas nada imaginárias tem vivido o jogador, ansiedade e desequilíbrio já marcam sua postura por não acertar simplesmente nada. Mas o zagueirão Gómez acompanhava o lance em sagaz subida, assim, retomou a jogada e cruzou para a cabeçada certeira de Luiz Adriano. A Lei do ex salva o Verdão mais uma vez, para revolta de muitos palestrinos - que torciam contra até para que medidas mais enérgicas fossem tomadas por Maurício Galiotte e a alta cúpula na Academia de Futebol. 

O time não acompanha Luiz Adriano. Ele busca o jogo, aciona os meias vacilantes que estão ao seu lado, justamente essa procura por jogadas fora da área o ofusca à medida que realiza uma função que outros deveriam fazer para municiá-lo. No curioso caso palmeirense, a resenha do caos esboça um time com problemas sérios de fundamentos, inabilidade em buscar o gol de maneira objetiva, mas justiça seja feita, não se vê falta de vontade. Outra característica do time é que sua sobrevivência se apoia em qualidades individuais que, mesmo diante da pobreza coletiva, se destacam.

Essa qualidade individual são as Ilhas que formam o arquipélago Palmeiras em campo. Temos a Ilha Luiz Adriano, assim como a Ilha rochosa Gustavo Gómez. Também muito conhecida, temos a ilha Weverton, mas a mais amada de todas é, sem dúvida, a Ilha Patrick de Paula. O Palestra é isso, um conjunto de lambanças que tem o poder de ilhar as coisas interessantes prontas a render bons frutos. Isolados, estes nomes seguram a onda de uma queda mais vertiginosa.

A metáfora das ilhas esmeraldinas ainda conta com o desperdício do talento de Gabriel Menino em uma posição que consecutivamente não rende produtividade ofensiva e o limita como peça de apoio defensivo. Em outra já unânime percepção de mal aproveitamento de recursos do elenco, Wesley, mesmo sendo muito mais vibrante e veloz que Rony, é solenemente ignorado por Luxemburgo. Foi constrangedor e revoltante ver Wesley entrando para atuar por pouco mais de 30 segundos.

A reflexão leva a crer que atitudes pontuais de Luxa induzem a um Palmeiras errante. Será que na rotatividade proposta para superar o calendário apertado não caberia mais chances a Wesley? Se fosse mais testado certamente não veríamos o deprimente definhamento de Rony, preso no seu nervosismo em busca de acertar e remontar a era tão brilhante de Athletico-PR, que não faz tanto tempo assim.

Falhas de um treinador que parece construir um time de volantes, onde goleiro é armador e zagueiro faz a vez de atacante. No confuso padrão, meia é improvisado na parceria de ataque e atacante sai da área para fazer papel de meia. Com o goleiro do Inter quase dormindo por conta da falta de trabalho e o time enroscado em um estado de letargia, a ideia de intervenção de Luxemburgo foi trocar Zé Rafael por Ramires.

Ciclo vicioso: começa o jogo com três volantes, improvisa Zé Rafael no ataque sabe-se lá por que. Já que no começo da temporada a intenção do “estrategista” era recuá-lo para apoiar o setor defensivo, daí na hora das alterações saca o meia/atacante/tampão e coloca o que? Um volante, óbvio. Ah se ao menos fosse um time de “César Sampaios”.