Nesta quarta-feira (22), o Bahia recebeu o Athletico-PR na Arena Fonte Nova para a primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil. A partida começou bem para o Tricolor, com Mugni balançando as redes nos primeiros minutos, no entanto, o Esquadrão não conseguiu segurar o resultado, levou a virada e acabou perdendo por 2 a 1.A torcida escolheu dois alvos para soltar sua ira e vaiar: os laterais Luiz Henrique e Douglas Borel.

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Na entrevista coletiva concedida pelo técnico Guto Ferreira, os atletas foram enfaticamente defendidos: “Não vou me desfazer de quem eu tenho em casa. Os mesmos laterais que hoje são vaiados já foram aplaudidos de pé. Todo mundo está sujeito a errar. Assim como já acertaram demais, hoje estão errando. Neste momento, eles precisam ser fortalecidos, não criticados. Me diz aí dois laterais que jogariam fácil no Bahia e estão em condições de serem contratados. Se trouxer aqui Roberto Carlos e Daniel Alves, eles também vão ser vaiados”, declarou.
Na sequência, o treinador do Baêa esticou o assunto e detalhou com ironias como enxerga as vaias a Luiz Henrique e a Borel: “Lamentável aqueles que vaiaram, e obrigado aqueles que aplaudiram. Se cada um que tiver um erro for vaiado da maneira que está sendo e eu tiver que poupar, nós não vamos ter time para terminar a competição. Muitas vezes o jogador não entende. Está treinando para caramba e não recebe oportunidade. O Borel tem 19 para 20 anos, é um ativo do clube. Quem que nós vamos trazer aqui? O lateral do Liverpool? Vamos trazer quem para a zaga? Os melhores do mundo? Quem que a torcida quer? Jogador que há dez partidas era o craque. Aí teve uma lesão, vem em uma evolução, mas não fez gol ainda. Aí o que acontece? Já tem gente querendo vaiar. Onde vamos chegar? Sei que 70% da torcida está do nosso lado, peço que eles encubram quem não vem para torcer pelo Bahia”.
Guto foi além na blindagem de seus comandados e mexeu no passado para explicar a importância de confiar nas peças que tem em mãos: “O problema não são os laterais, é o apoio. Volto a falar, quero sempre os melhores do meu lado. Tenho jogadores de muito bom nível. Volto a falar, me indica nomes que cheguem sobrando e que o Bahia tenha condições de trazer. Só citando um exemplo, em 2017, o Zé Rafael começou bem, depois foi caindo, começou a ser vaiado. Ele teve que sair da equipe, ficar umas quatro partidas de fora, até voltar e conseguir avançar. Olha quem é o Zé Rafael hoje. Eu fui obrigado a tirar ele, como fui obrigado a tirar o Renê Júnior em 2017. Fui pressionado pelo torcedor a tirar porque o Renê entrava no campo e era vaiado. Aí, na hora em que ele começou a sobrar em campo, a torcida veio junto. Mas estou falando de um jogador de 29 anos na época. Não é um jogador de 19 anos, como é agora”.
Agora, o Esquadrão tem uma tarefa espinhosa para se manter na Copa do Brasil. O próximo e decisivo duelo contra o Athletico-PR acontece no dia 12 de julho, na Arena da Baixada, em Curitiba. A classificação para as quartas de final da competição, o Bahia precisa vencer por dois gols de diferença, se balançar a rede apenas uma vez, o Tricolor decidirá a vaga nos pênaltis.








