Atualmente com 34 anos, Jô está bem longe de ser aquelecentroavante artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2017, com 18 gols pelo campeãoCorinthians. Mesmo diante de inúmeras críticas da Fiel, garante que ainda tem “lenha para queimar” e pode entregar mais ao Timão.

Atacante está longe de ser destaque como em 2017 – Foto: Pedro H. Tesch/AGIF.
Atacante está longe de ser destaque como em 2017 – Foto: Pedro H. Tesch/AGIF.

“Fico tranquilo com as críticas. As comparações são de ordem natural. Não me incomodo. Fisicamente, estou muito bem. Não podemos expor, mas os números dentro do clube são bons, a forma física é a ideal. Pelo ano que fiz em 2017, a cobrança vai existir, mas já se passaram quatro anos, ninguém no mundo vai ser igual. Mas eu ainda sou o Jô e posso fazer o melhor dentro da minha capacidade. Por isso, venho trabalhando, me esforçando, os resultados vêm. A gente pede paciência pela cobrança, mas sempre vai existir. Eu faço meu melhor. Os resultados estão aí, a evolução da equipe”, disse Jô, em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com.

Além disso, não nega que tem perdido mobilidade e velocidade dentro de campo nos últimos anos, ponto que é constantemente questionado pelos torcedores. Ciente das limitações, tenta compensar de outras maneiras quando é escalado pelo técnico Vagner Mancini.

Camisa 77 marcou contra o Ituano – Foto: Marcello Zambrana/AGIF.

Camisa 77 marcou contra o Ituano – Foto: Marcello Zambrana/AGIF.

“Você vai perdendo velocidade, mobilidade, já não é mais a mesma, é natural.Acabamos tentando fazer outras coisas, tentando se reinventar dentro do que o corpo permite. Se a velocidade não é mais a mesma, você tem que tentar fazer algo diferente: controle de bola melhor, deslocamento mais preciso na hora de fazer o gol, tiro curto e não mais longo. Vamos nos readaptando. A experiência também conta.Já não precisa correr 13km por jogo, se correr entre 8 ou 9km para o atacante é normal.Consegue entregar resultados que treinador pede. Vamos nos adaptando. É normal receber críticas. Fiz bons anos em 2017 e 13 (no Atlético-MG), espetaculares.Não tem como ser aquele Jô, mas o Jô de 2021 ainda pode fazer muita coisa”, ressaltou o centroavante.

Outro ponto citado na entrevista foi a permanência de Vagner Mancini, defendida pelo camisa 77 alvinegro:Estamos fazendo o melhor para poder mantê-lo, porque a gente sabe que são os resultados que vão dar sequência a ele”.