Apesar da boa fase do treinador interino Andrey Lopes, o Palmeiras segue na busca por um novo treinador no mercado. O diretor de futebol Anderson Barros, juntamente com o presidente Maurício Galiotte, avançou na procura por um novo treinador nesta última semana e o Verdão está acertado com Abel Ferreira, treinador do PAOK. O português deve assinar nos próximos dias um contrato até o fim de 2022, conforme informado pelo GloboEsporte.com.
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A carreira de Abel começou em 2011, na base do Sporting, permanecendo até 2014. Em seguida, aceitou o desafio de ficar à frente do Braga, iniciando em 2016 e com o circulo terminado em 2019. Após a saída, acertou com oPAOK, seu atual time, e acumula bons resultados. Jesualdo Ferreira, experiente treinador português de 74 anos, foi contatado pela reportagem do GE e falou sobre seu pupilo. Segundo Jesu, seu maior desafio será o tempo de trabalho.
“Abel tem boas condições para poder fazer um bom trabalho e com condições de brigar por títulos. Sei que nos próximos quatro meses o Palmeiras tem mais de 20 jogos, e aí é um grande problema no Brasil: não há tempo para se trabalhar. Trabalhar não é só falar, dizer coisas boas ou ruins. Para organizar uma equipe, você tem que falar, formar e treinar. Se não fizer isso, não consegue. É como se você fosse para o mar e só lá fosse verificar se o tempo estava bom ou ruim”.
Foto: Getty Images
Jesualdo Ferreira se aventurou no futebol brasileiro no início de 2020, quando assumiu a difícil missão de treinar o Santos depois da saída de Jorge Sampaoli, que, curiosamente, negociou com o Palmeiras. O português não resistiu aos maus resultados e à eliminação precoce no Campeonato Paulista, ainda nas quartas de final, e foi demitido. À frente do Santos, o medalhão teve apenas 15 partidas, com seis vitórias, quatro empates e cinco derrotas, um aproveitamento de 48,8%.
“O tempo é muito curto porque os torcedores e a imprensa são muito exigentes. O futebol brasileiro questiona o que se passa com os treinadores brasileiros e o motivo de o futebol aqui não ir para frente. Mas ninguém pergunta o que o futebol precisa fazer na sua organização para os treinadores terem sucesso no Brasil. O que tem que fazer? Há uma pandemia que para o futebol por quatro meses e volta tudo do mesmo jeito, sem se adaptar o calendário? Não há igual”.