É inegável que o Cruzeiro passa pelo pior momento de sua história. Além de fazer uma Série B frustrante até aqui, o clube tem tido muitas dificuldades financeiras e administrativas. Muitos torcedores reclamam que falta mais transparência por parte da diretoria e isso também está refletindo do departamento de futebol. Isso porque os dirigentes que tomam conta do departamento têm tomado decisões equivocadas e confusas, especialmente quando o assunto é categorias de base.
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Na última quarta-feira (9), a Raposa anunciou a quarta mudança de categoria do meia-atacante Caio Rosa, de 19 anos. O histórico agitado de promoções e ‘devoluções’ do jovem é o que mais chama atenção, mas não é o único. Outros atletas também sofreram com esse ‘efeito ioiô’, a exemplo do zagueiro Paulo Eduardo, que tem contrato com o Cruzeiro apenas até o fim desta temporada. Aos 18 anos, o defensor foi efetivado no início da temporada, depois devolvido ao departamento de base e, em julho, voltou a integrar o elenco profissional, onde até hoje espera uma oportunidade.
Caio Rosa é visto por muitos como uma grande promessa para o futuro. O meia-atacante, que foi um dos destaques da Raposa na Copa São Paulo de Futebol Juniores, foi promovido ao time profissional junto com outros atletas em meados de janeiro; porém, depois de nove meses, foi devolvido para base, retornou ao time principal e agora retornou ao time Sub-20. Isso monstra o quanto diretoria e departamento de futebol estão “perdidos”.
Matheus Pereira é outro que tem sofrido com esse efeito ioiô do Cruzeiro. Foto: Gustavo Aleixó/Cruzeiro
A última passagem do jovem jogador pela Toca da Raposa II durou apenas dez dias. Nesse período, o meia não teve uma chance se quer em meio a tantas mudanças do comando técnico e um elenco inchado para a posição. Até aqui, Caio vestiu a camisa celeste em partidas oficiais por cerca de 60 minutos, em dois jogos do Campeonato Mineiro.
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Em live concedida pelos canais do Cruzeiro na última semana, o presidente do clube, Sérgio Rodrigues explicou que as mudanças constantes se devem em função das incertezas pelo coronavírus. Além disso, o mandatário acredita que tem que haver uma paciência já que o elenco profissional está inchado e que há vários atletas que estão em processo de decisão de contato. O dirigente dá a entender que quer fazer uma limpa no plantel antes de dar oportunidade a Caio Rosa e outros destaques do Sub-20: “Quando começou o Brasileiro, a CBF falou que, quem não tivesse o elenco para jogar, levaria W.O. Como o Sub-20 ainda não estava treinando, a gente precisava ter jogadores suficientes no elenco profissional para, caso a gente tivesse muitos jogadores com COVID-19, a gente precisava integrar o elenco com os outros. Foi uma medida preventiva. Aí depois, com cancelamentos de partidas, passamos a diminuir isso”, concluiu.
Além de Caio Rosa e Paulo Eduardo, o lateral-esquerdo Matheus Pereira, o meia-atacante Riquelmo, o lateral-direito Danilo e o meia-atacante Alejandro também sofreram com as incertezas do departamento de futebol e vivem nesse sobe e desce. Com informações do portal SuperesportesMG.