O capitão do Liverpool, Henderson questionou nesta quinta-feira (23) se a saúde dos jogadores realmente está sendo levado a sério pela Premier League. Além do calendário que sempre foi super apertado, atualmente a Inglaterra enfrenta um surto de Covid. No entanto, a liga anunciou na última segunda-feira (20) que vai manter as partidas agendadas para a reta final de dezembro e início de janeiro.
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“O futebol para nós é tudo e queremos ser capazes de jogar no mais alto nível sempre que pisamos em campo. E, infelizmente, neste período é difícil fazer isso. Tem sido assim há alguns anos e tem sido difícil, mas além disso, você joga Covid e fica ainda pior. Estou preocupado com o bem-estar do jogador e não acho que alguém leve isso a sério o suficiente”, criticou Henderson, em entrevista à “BBC Sport”.
Embora já tenha sido registrado mais de 90 casos confirmados de coronavírus entre atletas e funcionários na última semana, uma assembleia de acionistas, que envolveu representantes de todos os 20 clubes, chegou a decisão de manter o calendário conforme planejado. Seis dos dez jogos do último fim de semana foram adiados devido às infecções pela doença. “Tentaremos ter conversas em segundo plano e tentar ter algum tipo de influência no futuro, mas no momento não sinto que os jogadores recebam o respeito que merecem em termos de alguém ser capaz de falar por eles de forma independente e ter o poder de dizer que isso não é certo para o bem-estar do jogador”, afirmou.
Naomi Baker/ Getty Images – Henderson em ação pelo Liverpool
Os jogos da Premier League devem ser adiados?
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O Liverpool foi um dos poucos clubes que na reunião de segunda (20) votou a favor de adiar ao menos um jogo das três rodadas programadas para serem disputadas de 26 de dezembro a 3 de janeiro. O assistente técnico dos Reds, Pep Lijnders, também foi outro que questionou a forma como a decisão foi tomada. “Para mim, os especialistas não são os gerentes, devemos seguir suas diretrizes dos cientistas e médicos. A Premier League deveria perguntar a eles, não aos CEOs, não aos gerentes, porque saúde sempre vem posição número um acima de tudo”, afirmou Pep Lijnders, em entrevista ao “The Guardian”.