A vida no meio do futebol é muito corrida. A carreira do atleta, com muitos compromissos junto à equipe durante a temporada, com a rotina de treinamentos, jogos e viagens, faz com que o tempo no extracampo seja, em muitos momentos, mais escasso. E a sequência de compromissos, muitas vezes intensa, pode não ser a ideal para alguns jogadores que estejam em um momento difícil fora do esporte.

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A situação do ex-goleiro do Grêmio, Júlio César, entra nesses casos. Experiente, e com passagem por outras equipes de destaque, como Botafogo, Fluminense e Benfica, o arqueiro decidiu dar uma pausa nos trabalhos para ajudar o pai, que tratava de um câncer na garganta, descoberto em fevereiro do ano passado. Na época, Júlio estava em fim de contrato com o Grêmio e negociava com outras equipes.
“Eu orei e recebi que era tempo de dar uma pausa, de estar com ele. Foi uma decisão que me trouxe tranquilidade e paz. Muitos acharam que eu era maluco, me chamaram de louco por fazer isso. De nada adiantaria ter acertado com um grande clube e não estar ao lado do meu pai, dar forças a ele, independente dele ter se curado ou ter partido, eu tinha que fazer o meu máximo como filho”, contou o arqueiro, em entrevista ao UOL.
Aos 35 anos de idade, o goleiro revelanão pensar em aposentadoria ainda. Apesar de estar há quase um ano sem trabalhar em algum clube, o plano de carreira de Júlio César é de negociar com outra equipe e retomar a carreira. Agora, com o pai curado do câncer (veja abaixo a postagem de desabafo do arqueiro nas redes sociais), ele pensa em voltar aos trabalhos.
“Eu sempre tive certeza de que, apesar de todas as dificuldades que nem imaginávamos, ele seria curado e eu iria voltar à ativa, aos treinamentos e a minha carreira”, destacou Júlio César.








