Após investir na contratação de Dorival Júnior sem sucesso, o Goiás agora segue o caminho adotado por muitos clubes brasileiros e decidiu buscar um treinador estrangeiro. Momentaneamente quem comanda equipe é Glauber Ramos, treinador que conduziu o time ao acesso a Série A, e já deu inicio aos trabalhos da pré-temporada esmeraldina e deve permanecer até que o novo técnico seja anunciado.
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Glauber Ramos concedeu entrevista ao jornalista Gerliézer Paulo, no canal Futebol 62, no YouTube, na qual entre outros assuntos o treinador deu sua opinião sobre o que vem atraindo as equipes para fechar com técnicos estrangeiros, comparando inclusive o processo de formação destes profissionais no Brasil e em Portugal, por exemplo.
“É o único país onde o estudo é desvalorizado, ainda mais se tratando de futebol. O que acontece, ainda mais aqui no Brasil, é que temos uma geração de vitoriosos, sem muito estudo, mas sabiam comandar muito bem suas equipes, com excelentes atletas também, o que não queria dizer que não eram bons, porém não tinham o hábito de estudar. Então tudo evoluiu e hoje a febre de trazer técnicos de fora acontece porque há 25 anos a Universidade do Porto (Portugal) ela se mobilizou a estudar futebol e formar treinadores. Com isso eles saíram ao mercado, tanto que hoje tem vários treinadores portugueses no mundo árabe, Ásia e leste europeu, e agora estão migrando para a América do Sul. A nossa moeda é forte, eles são muito organizados, algo que por um tempo deixamos a desejar. Mas agora está chegando uma geração que vem estudado futebol, competentes e organizados também”, avaliou.
O treinador ainda completou. “Posso falar, como estava recentemente no curso da licença PRO da CBF, existe um curso em Viçosa lá em Minas, que prepara treinadores também, ainda com a academia da CBF, estamos voltando a competir lá fora também, pois isso deixou acontecer. Acredito que o treinador que estuda futebol e que prova dentro de campo, conquista o espaço. Posso citar o André Jardine, campeão olímpico, que foi da minha turma na licença A”, disse Glauber.
Apesar de reconhecer a qualidade dos técnicos estrangeiros, Glauber destacou a necessidade de valorizar os profissionais do estado. “Nós temos muitos profissionais aqui, com talento, que estão em busca, estudando, aprendendo, muitos na base. Vou citar o Higo (Magalhães) que esses dias estava no sub-17 e que agora fez um excelente trabalho no time profissional do Vila Nova, então nós temos muitos e devemos defender os profissionais do nosso estado, porque os outros defendem bastante”, afirmou Glauber.