Após quatro anos, Fred, terceiro maior artilheiro da história do Fluminense, acertou seu retorno ao clube das Laranjeiras até julho de 2022. Porém, a nova gestão do Cruzeiro, liderada pelo presidente Sérgio Rodrigues, tentará tudo que for possível para “melar” a negociação entre o jogador e o clube carioca. Na última quinta-feira (16), o clube mineiro entrou na Justiça pedindo a retomada do contrato com o atacante meses depois de o centroavante conseguir se desvincular do contrato com a Raposa na justiça.
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Após dias em silêncio, o camisa 9 do Fluzão decidiu falar através de uma nota em suas redes sociais, endereçando o imbróglio com a equipe mineira. No comunicado, o atacante afirmou que a atual gestão está transferindo a responsabilidade do pagamento para ex-dirigentes. Isso porque na semana passada, o novo mandatário da Rposa, Sérgio Rodríguesdisparou contra o vínculo firmado entre o clube mineiro e o camisa 9 em 2018.
“Muitas vezes, em suas declarações, o Sr. Presidente tem ultrapassado a sutil barreira que separa a liberdade de expressão do respeito à dignidade de um profissional (extensível aos seus familiares). Justamente por entender que alguns limites têm sido ultrapassados é que irei me posicionar publicamente”, disse Fred.
Fred disparou contra o presidente Sérgio Rodrigues. Foto: Dibulgação
“Os meus representantes foram procurados pelo Cruzeiro e acertaram a minha transferência para o Clube. A situação contratual com o Atlético e as minhas pretensões salariais foram expostas com absoluta transparência, como fazem prova os documentos que hoje são parte integrante de um desgastante procedimento arbitral e de uma ação trabalhista ainda em fase inicial. Posso dizer, com absoluta tranquilidade, que as bases do meu contrato com o Cruzeiro seguem o padrão estabelecido ao longo de minha carreira, sem nada que possa ser considerado aberrante, anormal”, disse o camisa 9.
Fred também revelou que a situação, aliada ao modo como o Cruzeiro se portou durante todo o tempo, quase acabaram com a sua carreira. O atacante afirmou que esperava que o clube mineiro o liberasse de forma amigável e não queria que a situação chegasse a esse ponto: “Essa hesitação quase me impediu de seguir trabalhando. Não recebia salários, não podia treinar com o grupo, a negociação para a minha liberação não avançava, o Clube ia assumindo novos compromissos, enfim, o cerco ia se fechando e uma decisão precisava ser tomada. O caminho da rescisão indireta foi o único que me restou“, concluiu o agora atacante do Fluminense.