Nesta quarta-feira (13), no mesmo dia em que os jogadores do Cruzeiro anunciaram uma paralisação por conta dos salários atrasados, o ex-volante Fabrício concedeu uma entrevista ao programa bastidores, da Rádio Itatiaia, de Minas Gerais. Ele passou pela Raposa entre 2008 e 2011, e conquistou três títulos do Campeonato Mineiro.

Cuca treinou o Cruzeiro entre 2010 e 2011 (Foto: Marcello Zambrana/AGIF)
Cuca treinou o Cruzeiro entre 2010 e 2011 (Foto: Marcello Zambrana/AGIF)

O ex-volante de 39 anos revelou que saiu a contragosto da Raposa, no início de 2012: "Eu queria muito ficar. Sempre falava com o meu empresário, mas aquele ano foi conturbado. Às vezes, eu falava e cobrava lá dentro. Por isso, deixei algumas pessoas chateadas porque elas não gostavam que eu falava algumas coisas. Na época, acho que o diretor era o Dimas (Fonseca)".

Ele ainda rechaçou qualquer polêmica envolvendo o técnico Cuca, atualmente no Atlético-MG: "Lembro até que, na saída do Cuca, alguém da imprensa me perguntou o que precisava mudar, aí eu falei que precisava mudar tudo. Mas eu não coloquei isso em relação ao técnico. O que precisava mudar era gente. Sabemos que a comissão técnica é importante, mas o que mais conta são os jogadores dentro de campo, atitude, o dia a dia, os treinamentos, a concentração".

Fabrício ainda esclareceu um episódio no qual o seu nome esteve ligado à saída do treinador: "Logo depois de um jogo, eu falei sobre atitude. No outro dia, o Cuca pediu para ir embora. Aí ficou em evidência a minha entrevista. Mas logo depois tivemos uma conversa. Sentaram eu, Cuca e Dimas, conversamos bastante. Nunca tive nada contra o Cuca, ele é muito bom, sempre gostei de trabalhar com ele, porque ele arma os times muito bem defensivamente. Mas nenhum técnico deu certo com a gente. Mesmo assim ficou esse clima com a diretoria".

Naquele Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro brigou contra o rebaixamento, tendo quatro treinadores ao longo da campanha: Cuca, Joel Santana, Emerson Ávila e Vágner Mancini. A equipe escapou apenas na última rodada, quando goleou o rival Atlético-MG por 6 a 1, algo que ficou marcado na história do clássico.