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“Essa retirada é fatal...”; Luís Castro manda a real sobre deficiência do futebol nacional

Durante entrevista, o técnico do Glorioso revelou sobre o primeiro contato que teve com John Textor

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Por geovana barcelos

O Botafogo ocupa a nona colocação do Campeonato Brasileiro,com 43 pontos, e tem como maior objetivo da equipea conquista de uma vaga direta para a Libertadores da América. Isso muito em decorrência do trabalho da diretoria na última janela de transferência, assim como, na insistência e manutenção do técnico Luís Castro no comando do Glorioso.

“É fatal...”; Luís Castro manda a real sobre deficiência do futebol nacional
© Foto: Lucas Emanuel/AGIF“É fatal...”; Luís Castro manda a real sobre deficiência do futebol nacional

Durante entrevista nesta sexta-feira (14), o comandante português destacou sobre a mudança constante de técnicos no futebol nacional. Luís Castro ressaltou que, por conta disso, os treinadores acabam sendo responsabilizados por problemas que ocorrem no Clube, como erros de jogadores dentro do treino ou até do departamento médico, como ressaltou o técnico.

“A forma alucinada como o futebol brasileiro tritura treinadores é surpreendente. Eu acho que a troca constante dos treinadores retira o poder de liderança. Porque todos à sua volta sabem que se algo falhar, só vai haver um responsável. Então pode haver um conjunto de desresponsabilização à minha volta que fere de morte o desenvolvimento de qualquer clube. Porque o jogador, se falhar, sabe que o treinador vai embora, o departamento de saúde, se falhar, sabe que o treinador vai embora. Então o treinador vai embora deixando para trás aqueles que são realmente responsáveis por o clube não ganhar. Então essa retirada é fatal no Brasil e no mundo”, destacou.

Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Luís Castro criticou o cenário de técnicos no Brasil, mas também revelou sobre o primeiro contato que teve com o gestor da SAF, John Textor. O comandante português ressaltou que sua equipe ficou entusiasmada pelo projeto de reconstrução, mas destacou que ficou apreensivo com o tamanho do desafio. “Eu compartilhava com minha equipe, e eles diziam ‘é nossa cara’. Eu dizia que preferia jogar em um clube para títulos, do que na reconstrução, é um risco grande, porque as pessoas estão esperando resultados muito grandes e podemos não ter”.

“Mas é a nossa cara porque podemos construir uma academia, uma metodologia de treino transversal, criar programas para desenvolver os mais jovens, pode reorganizar o futebol de baixo à cima’. Mas eu dizia: ‘eu acho que não tem campo sequer para nós treinarmos’. Mas esse é o desafio”, concluiu.

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