A Operação Penalidade Máxima está chocando o futebol brasileiro. Comandada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), a operação investiga supostos esquemas de manipulação de resultados no Brasileirão. A denúncia vem abalando as estruturas de diversos clubes do Brasil. Clubes como Santos, Fluminense e Athletico Paranaense, tiveram atletas citados na operação, tomaram atitudes como o afastamento dos jogadores para que eles pudessem se defender.

Jorge Rodrigues/AGIF - Meio-campista que está atualmente no Ypiranga é um dos investigados no caso
Jorge Rodrigues/AGIF - Meio-campista que está atualmente no Ypiranga é um dos investigados no caso

No caso da equipe gaúcha, os jogadores Gabriel Tota e Paulo Miranda estão sendo investigados. Além disso, um outro jogador do Juventude foi inicialmente acusado de participar do esquema: o lateral esquerdo Moraes, que fez acordo com o Ministério Público e se tornou uma testemunha do caso. Enquanto os outros dois, já são réus acusados de terem violado o artigo 41-C do Estatuto do Torcedor (solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado).

Para piorar a situação, ambos chegaram a fazer de dentro do vestiário da equipe uma chamada de vídeo com o chefe do esquema. O clube de Caxias do Sul terminou o ano rebaixado para a Série B. A chamada ocorreu na tarde de 16 de outubro de 2022, às 16h44, um pouco antes da partida entre Juventude e Atlético-GO (que começaria às 18h), no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.

Luiz Erbes/AGIF - Lateral-esquerdo fez acordo com o MP e irá auxiliar no caso

Luiz Erbes/AGIF - Lateral-esquerdo fez acordo com o MP e irá auxiliar no caso

Naquele momento, a quadrilha havia conseguido manipular um jogo dos gaúchos na Série A – contra o Palmeiras, no dia 10 de setembro de 2022, derrota por 2 a 1 na rodada 26. Depois haveria outros dois: contra Fortaleza (empate por 1 a 1 na rodada 27) e derrota para o Goiás (1 a 0, na 36 rodada). Em caso de condenação, a pena pode ser de dois a seis anos de reclusão, além de multa.