São poucos os clubes com uma condição financeira privilegiada no futebol brasileiro nos dia de hoje. Com gestões ruins ao longo dos anos, times vivem atrasando os salários dos jogadores e de seus funcionários, o que muitas vezes acaba prejudicando as equipes dentro de uma competição.
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O Atlético-MG é um desses times a passar por uma grande crise financeira nos últimos anos. Desde que assumiu a presidência do clube, o presidente Sérgio Sette Câmara tem encontrado dificuldades para pagar o dia os salários dos atletas. Na tarde desta segunda-feira (04), o repórter Lucas Tanaka, que cobre o dia a dia do Galo, trouxe a informação que o Alvinegro quitou cerca de 60% da folha salarial de março, mas ainda tem a pagar os salários de abril. Se tudo correr como previsto, podem ser pagos nos próximos dias. Ainda de acordo com o repórter, a folha salarial do clube mineiro gira em torno de R$ 8 milhões; com a redução salarial de 25%, a instituição terá de arrecadar cerca de R$ 8,4 milhõespara colocar toda folha em dia.
Sette Câmara pagou parte dos salários atrasados dos jogadores nesta segunda-feira. Foto: Bruno Cantini/ Atlético-MG
Por fim, o jornalista ainda revelou que o Galo deve aos seus jogadores uma quantia de direito de imagem referenteaosmeses de janeiro e fevereiro. Os valores, por ora, são mantidos em sigilo. A tendência é que a diretoria atleticana não consiga quitar toda essa dívida nos próximos meses, já que o clube está praticamente sem dinheiro em caixa. Nos últimos dias, Sette Câmara teve que pagar 13 milhões à Udinese para não correr o risco de começar o Campeonato Brasileiro com menos três pontos na tabela.
O que pode aliviar um pouco o caixa da equipe mineira é que, nos próximos dias, o clube poderá receber cerca de R$ 4 milhõesprovenientes de batalha judicial contra um consórcio de empresas capitaneado pela Koch Tavares há mais de 20 anos. De acordo com o site Globoesporte.com, a diretoria do Galo entende que houve uma quebra de contrato por parte empresa com o clubee que, até hoje, esse valor da multa não foi pago. No arrastar da discussão, o Alvinegro acabou tendo milhões depositados e retidos judicialmente. Agora, em tempos do novo Coronavírus, o desbloqueio de parte desse valor pode girar em torno de até R$ 4 milhões.
Além de se preocupar com os salários dos jogadores e funcionários, a diretoria do clube mineiro terá que honrar com as palavras dadas ao novo diretor-executivo de futebol, Alexandre Mattos e para o técnico Jorge Sampaoli, que pediram um time competitivo que seja capaz de competir de igual para igual com Flamengo e Palmeiras. A dupla, inclusive, já tem uma lista de reforços.
