Luiz Felipe Scolari chegou ao Imortal com a missão de fortificar a equipe e prover o equilíbrio necessário para que o elenco tenha capacidade de mão apenas reagir da posição indigesta em que está na tabela, bem como, também ser capaz de alcançar a regularidade para que oscilações não deixem o Grêmio próximo ou dentro do Z-4. Tarefa árdua para Felipão, pois o ponto focal para conquistar força, equilíbrio e regularidade, está no caráter psicológico de cada jogador.

Em busca de equilíbrio, Felipão aponta “situações psicológicas” como entraves para poder de reação
Em busca de equilíbrio, Felipão aponta “situações psicológicas” como entraves para poder de reação

Desde que Felipão assumiu o Tricolor dos Pampas, esteve no comando em sete partidas, foram três vitórias, dois empates e duas derrotas, sendo que em tais derrotas, Scolari viu o time cair na Copa Sul-Americana. O dinamismo das partidas traz à tona a questão psicológica, dois exemplos claros são a derrota para o Bragantino e o empate com América-MG. Quando o Imortal sofre um gol, não consegue o equilíbrio e a força para reagir. 

Scolari comenta: “Só se melhora com os resultados. Como ainda é um pouco diferente do que pretendíamos, vamos ter dificuldades. Um pouco mais do que entendíamos que poderíamos ter. Mas vamos superá-las”. A tal dificuldade pode ser traduzida como o efeito do impacto que os gols causam no time. O técnico chegou a citar uma melhora no setor defensivo, tanto, que as vitórias quando assumiu vieram com o placar zerado, sem problemas na defesa. Porém, o abatimento quando o time é vazado chama novos olhares de Felipão.

“Estamos trabalhando todos os dias para que a gente sofrendo o gol, não sofra psicologicamente o abatimento. A dificuldade que estamos vivendo e tente reverter a situação durante o jogo. É uma situação que se trabalha diariamente, mas que neste momento está influenciando em algumas situações psicológicas do nosso grupo que vamos tentando, sabendo a personalidade dos jogadores, trabalhar para melhorar”, detalhou o comandante da caserna Tricolor.

O diretor-executivo de futebol do Grêmio, Diego Cerri, também trabalha em busca do equilíbrio almejado fora das quatro linhas, em decisões que movem os bastidores do clube e nas suas movimentações no mercado: “A questão é que temos tentado solucionar os problemas com lucidez, com pressão, mas sem tomar decisões equivocadas. Equilíbrio é a palavra-chave. O grupo de jogadores é comprometido, quem assistiu pode ver que não faltou esforço, empenho. Temos que melhorar a cada jogo, trazer algumas peças, todo um planejamento, mas repito, no momento de crise, equilíbrio é fundamental”, enfatizou o dirigente.