Considerado um dos ídolos do Palmeiras, Dudu participou do programaBola da Vez, dos canais ESPN.O craque alviverde abriu o jogo,como fez poucas vezes em outras entrevistas. E, em um dos momentos mais reveladores, explicou os motivos de ter parado de bater pênaltis, além do que mudou para ter voltado a cobrar agora.

Foto: Cesar Greco/Palmeiras.
Foto: Cesar Greco/Palmeiras.

“Vou voltar lá em 2015. Quando eu cheguei no Palmeiras a gente entrou em um acordo que eu era o batedor de pênaltis do time. Fiz alguns, errei alguns. Com o Roger (2018), começou do mesmo jeito: fiz alguns, errei alguns. Daí todo mundo começou a falar que eu não tinha que bater pênalti. Virei para o treinador na época e disse: ‘Roger, não preciso bater pênalti. Não é porque sou um dos principais jogadores do time que tenho que bater. Se todo mundo quer que eu não bata, eu não bato’”, relatou Dudu.

“E também quando eu coloco uma coisa na minha cabeça, acabou. Não tem que vai fazer eu bater. Falei que não ia bater e não bati. Podia ser no tempo normal, na decisão por pênaltis… Eu não ia bater! E foi o que aconteceu. Estava todo mundo falando que o Dudu não tinha que bater. E depois todo mundo ficava cobrando de mim na hora das decisões por pênalti. Mas eu já tinha colocado na minha cabeça que não ia bater. Poderia chegar o Papa, eu não ia bater”, completou.

Dudu é o batedor oficial com Luxa – Foto: Cesar Greco/Palmeiras.

Dudu é o batedor oficial com Luxa – Foto: Cesar Greco/Palmeiras.

Sem dúvidaso principal jogador palmeirense dos últimos anos, o camisa 7sempre enfrentou essa cobrança da imprensa e da torcida nos pênaltis. Em certo momento, porém, realmente parou de bater,o que chamou a atenção principalmente quando o time tinha que decidir alguma classificação nas cobranças da marca do cal.

“Agora chegou o Luxemburgo esse ano e falou que eu queria que eu fizesse mais gol, que precisava de mim motivado e que queria que eu batesse pênalti. E é o que está acontecendo. Sou hoje o batedor de pênalti oficial do time. Mesmo que eu errar, vai ser eu. A gente precisa dessa confiança do treinador e da torcida. Não é porque errou um ou dois pênaltis que não tem que bater mais”, diz.