Cuca entrou para a história do Atlético-MG após conseguir levar o clube ao título inédito da Copa Libertadores da América. O “Galo Doido”, como ficou conhecido em 2013, deu liga na maior competição internacional do continente e passou por cima de vários adversários de peso. Sua saída foi um pouco conturbada pela forma que aconteceu durante a disputa do Mundial Interclubes daquele ano.
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Quando qualquer treinador é demitido pela diretoria atleticana, o nome de Cuca sempre é lembrado. Antes de contratar Jorge Sampaoli, algumas conversas aconteceram, mas o treinador disse que gostaria de ficar um tempo afastado do futebol. Ao jornalistaAlexandreLozetti, doGloboesporte.com, o comandante contou os bastidores da sua última passagem pelo Alvinegro e revelou que Juninho Pernambucano ficou próximo do clube.
“Tínhamos a bola parada muito ruim. Ela não nos ajudava a resolver jogos. O Independência é um campo mais apertado e a cada batida de escanteio e falta erradas, vinha aquele frisson da torcida, tirava a confiança do time. Faltava esse jogador e estávamos conversando com o Juninho Pernambucano. Ele estava no Vasco e o Kalil se reuniu com ele no Rio de Janeiro, ele seria o homem da nossa bola parada. Um dia, de manhã, eu estava assistindo ao SporTV e deu que o Ronaldinho tinha saído do Flamengo. Veio na minha cabeça na hora que ele era o cara. Liguei para o Kalil, ele foi para Porto Alegre e em dois dias eles desceram de helicóptero no Galo. Foi uma coisa de outro mundo. Grande parte da imprensa disse que estávamos equivocados porque nosso time e o ambiente eram bons, e ele iria tumultuar. Era um medo muito grande mesmo. Mas o Ronaldo deu aquele brilho que o Atlético precisava, foi a figura que fez as coisas brilharem. Não sei se foi melhor para o Atlético ou para o Ronaldo, porque ele deu ao clube uma aura que não havia ali, mas também conseguiu se divertir jogando futebol. Montamos um timaço e ganhamos esse título que o Atlético considera o maior da história”.
O técnico também explicou como foi as reuniões antes da chegada de Ronaldinho Gaúcho, que tinha acabado de rescindir contrato com o Flamengo.
Cuca é o maior treinador do Galo?
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“Minha conversa foi que eu o queria para ser a cabeça pensante do time. Eu tinha qualidade com o Bernard pelo lado, a referência que era o Jô, um volante bom que marcava, o Pierre, um segundo volante que marcava e jogava, o Leandro Donizete. Faltava um 10 para mim. Mas não jogando pelo lado esquerdo, como fazia no Barcelona e no Flamengo. Ele estaria centralizado, faria meu pessoal jogar. Eu me reuni com o grupo, falei que estava trazendo o Ronaldinho e pedi para os jogadores abraçarem porque certamente haveria algumas dificuldades, mas elas foram muito pequenas em relação ao que ele deu para o Atlético”.