O goleiro Rafael atualmente se consolidou como titular do São Paulo, entretanto, a cria do Cruzeiro teve uma saída turbulenta da Toca da Raposa, em 2020, ano em que o Clube Celeste vivia a realidade dura da Série B e problemas profundos em sua administração. A revelação da Raposa acabou se transferindo para o Atlético-MG, em uma transferência que teve nuances reveladas em recente entrevista concedida pelo goleiro ao programa Bola da Vez, da ESPN.

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O goleiro foi dispensado com a justificativa de que o Clube não tinha condições financeiras. Porém, a saída não foi digerida por Rafael, que abriu o jogo sobre como foi o desfecho de sua passagem pelo Cruzeiro.

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"Saí chateado do Cruzeiro pela forma. Não queria, em nenhum momento, ter entrado na Justiça contra o clube. Foi uma preocupação desde o início. Tive oito ou nove reuniões e foi um momento difícil. Saímos de 2019 com o rebaixamento, com uma briga política grande. Voltamos em 2020 e foi repassado no dia da reapresentação: 'Não podemos ficar com você e com o Fábio nesse ano, porque o time vai passar por uma reestruturação. Vamos ter que abrir mão de um goleiro'", afirmou.
Rafael explicou o que acabou acelerando sua saída, ao colocar a formação do Conselho Gestor como fator que impediu uma definição mais clara sobre o seu futuro: "Falei que estava tudo bem, para decidirem e me falarem depois para tomar um caminho. Acabou que o Fábio optou pela permanência. Eu disse: 'Se for pra ficar, eu fico. Não tem problema em reajuste salarial, mas preciso de uma oportunidade, já que vocês vão manter ele. Então, que me liberem'. Só que, naquela confusão que o Cruzeiro vivia, ficou sem uma pessoa tomando uma decisão". Na época, o Conselho Gestor do Cruzeiro era composto, inicialmente, por Alexandre Faria, Anísio Ciscotto, Carlos Ferreira Rocha, Emílio Brandi, Gustavo Gatti, Giovanni Baroni, Jarbas Reis, Kris Brettas e Saulo Fróes.

Rafael em ação na Toca, em 2019: Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
A transferência para o Atlético-MG gerou muita insatisfação por parte da torcida. Rafael detalha o que fez para evitar que deixasse a Toca, mas a postura acabou sendo em vão: "Fazia uma reunião, chegava num acordo, eles me liberavam. Aí no outro dia, ia pegar meus documentos, outro vetava e fazia outra reunião. Cheguei a abrir mão de tudo que me deviam. Não queria sair de uma forma negativa por todo o reconhecimento e por tudo o que fizeram. Mas não me deixaram fazer nada. Não expliquei muito isso, porque o torcedor sempre vai entender o lado do clube. Por mais que eu falasse qualquer coisa, o torcedor ia ficar chateado comigo", disparou.








