Depois de surgir a grande possibilidade de perder pontos na Série B, o Cruzeiro só terá chance de evitar essa aplicaçãocaso o clube tenha o acordo de prorrogação do prazo assinado pela diretoria do Al-Whada, dos Emirados Árabes Unidos, com a data limite de 18 de maio, prazo final para a liquidação do débito, segundo informado pelo jornalista Guilherme Piu, da rádioHoje em Dia.Quem garante é o advogado Breno Tannuri, que defende a Raposa em ações na FIFAhá muito anos.
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Comlarga experiência na FIFA, o advogado afirma que a entidade é muito rigorosa com essas questões e quando existe a comunicação à federação do país do clube punido, evitar que a pena não seja aplicada é um processo complicado. Neste caso Denílson, por exemplo, ele reafirma que é fundamental o Cruzeiro ter um acordo já assinado com os árabes. Além disso,é importante agora, que caso não consiga evitar a aplicação da perda de seis pontos, faça o próximo pagamento estipulado, pois a segunda punição dificilmente deixaria de ser o rebaixamento à Série C.
O problema é que parece não haver ainda o acordo assinado entre Cruzeiro e Al-Whada. Carlos Ferreira, um dos integrantes do Núcleo Dirigente Transitório, disse à reportagem do Hoje em Dia o seguinte, via mensagem de WhatsApp.
Denílson teve passagem muito curta pela Raposa -Foto: Washington Alves/Cruzeiro.
“Não havia prorrogação ainda, havia sim negociações em andamento diretamente com eles. Fomos pegos de surpresa. Porém ainda não fomos notificados. Amanhã vamos tentar reverter isso”, garantiu o dirigente cruzeirense.
Em nota publicada em seu site oficial, o Cruzeiro apresenta a palavra de Sandro Gonzalez, que é o CEO do clube. Assim como Carlos Ferreira ele dá a certeza de que o clube ainda não tem o documento do acordo com o Al-Whada.
“Vínhamos tentando um adiamento para o segundo semestre, mas os dirigentes do Al-Whada foram taxativos. Eles disseram que o processo corre há mais de quatro anos na Fifa e ninguém do Cruzeiro, nenhum dirigente neste período todo, procurou o Al-Whada para buscar um acordo. Eles disseram que se sentiram frustrados e descrentes, e que por isso não poderiam facilitar nada para o Cruzeiro neste momento. Nós explicamos a eles que o clube também foi uma vítima de tudo o que aconteceu nos últimos anos, que agora são outras pessoas que estão à frente da instituição, e que temos a total intenção de resolver. Já tínhamos tratativas avançadas desde a semana passada, e vamos fazer de tudo para evitar qualquer tipo de punição ao Cruzeiro”, ressaltou Sandro.
O Cruzeiro conseguirá reverter esse caso?
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Pelas palavras dos dois dirigentes cruzeirenses, dificilmente o departamento jurídico do clubetem o documento de prorrogação do pagamento da dívida com os árabes com data até 18 de maio. E se isso for verdade, o clube iniciará a Série B do Brasileirão com seis pontos a menos. No dia 30 de março, o Al-Whada já havia informadoque não aceitaria o acordo proposto, conforme documento obtido com exclusividade pela reportagem da Rádio Itatiaia, com informações dos jornalistasThiago Reis e SamuelVenâncio.