Não houve nenhum clube brasileiro que saísse ileso pela crise econômica agravada pela pandemia do novo Coronavírus. Com o futebol parado há quase dois meses, os clubes perderam renda de TV, bilheteria e o dinheiro referente aos direitos de transmissão das competições, da Rede Globo, no caso. No entanto, dirigentes têm tirado ainda mais a paciência de muitos jogadores por conta de promessas não cumpridas quanto aos reajustes salariais durante a situação mais que caótica no país.

Galiotte tem postura elogiada no Palmeiras por defender funcionários
Galiotte tem postura elogiada no Palmeiras por defender funcionários

Isso porque os dirigentes de Internacional, Corinthians, Coritiba e Santos já tomaram medidas drásticas para que os clubes não entrassem em colapso financeiro nos próximos meses. Os casos mais complicados são do Peixe e do Colorado. José Carlos Peres não cumpriu o acordo pré-estabelecido com o elenco e pagou apenas 30% dos salários dos jogadores deste mês, enquanto que o Colorado demitiu mais de 400 funcionários, entre eles Índio, um dos maiores ídolos do time gaúcho.

Bruno Henrique elogiou a postura de como o Palmeiras está tratando seus funcionários durante a Quarentena. Foto:César Greco/Ag. Palmeiras

Bruno Henrique elogiou a postura de como o Palmeiras está tratando seus funcionários durante a Quarentena. Foto:César Greco/Ag. Palmeiras

Porém, em toda regra há exceção. O Palmeiras, por sua vez, vem caminhando na contramão dos adversários e tem mostrado muito respeito e solidarismo com seus atletas e funcionários. Nos últimos dias, o Verdão decidiu reduzir 25% dos salários dos jogadores, dirigentes e comissão técnica, mas, em contrapartida, prometeu não desligar nenhum funcionário da Academia de Futebol. Se na tarde da última sexta-feira (15) a postura de Maurício Galliote ganhou elogios de Moisés, mais tarde foi a vez do capitão Bruno Henrique parabenizar a postura alviverde.

“Todo mundo de alguma maneira está sofrendo, mas é difícil você ver pessoas perdendo emprego, vários funcionários que dependem do seu salário, então tem que ter um entendimento. Foi uma coisa muito rápida, sem discussão nenhuma, para chegar num acordo para poder blindar todos os funcionários nesse momento, para eles estarem muito bem. Galiotte teve uma postura muito bacana, juntamente com todos os atletas, comissão técnica e diretoria, de passar por essa situação sem que ninguém perca seu emprego”, finalizou o capitão.

Enquanto aguarda o aval do governo do Estado e dos órgãos públicos, o Palmeiras segue com força total nos treinos dentro de casa. João Dória ainda não está convencido de afrouxar as medidas de isolamento social, muito pelo contrário, e decretou o período de quarentena em São Paulo até 31 de maio.