A situação do Vasco extracampo é bastante complicada e todo torcedor sabe disso. Com oaumento de R$ 119 milhões em dívidas trabalhistas em 2020, novos advogados foram contratados e a equipese manifestou no processo movido pelo zagueiro Breno. O foco são as lesões sofridas pelo jogador, sendo solicitado, neste momento, a realização de perícia médica no atleta.

Zagueiro pode causar problema milionário ao Vasco – Foto: Thiago Ribeiro/AGIF.
Zagueiro pode causar problema milionário ao Vasco – Foto: Thiago Ribeiro/AGIF.

Há cerca de 2 meses, o defensor ingressou com ação na 71ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, pedindo o pagamento de R$ 13 milhões por conta de salários e direitos trabalhistas não pagos, além de indenização. O caso está em fase inicial, e a juíza Kiria Simões Garcia ainda não proferiu sentença.

Emprestado pelo São Paulo, iniciou sua trajetória na Colina em 2017 e após acertarum novo vínculo até o final de 2020, passou por outras quatro cirurgias. Segundo os advogados do atleta,“voltou a treinar com bola e a exercer sua profissão precipitadamente e ainda com dores” em maio de 2018. Já sem vinculo atualmente com o clube, foi informado que ojogador ainda se encontrava em tratamento da última cirurgia, realizada em 14 de novembro de 2019, o que configura, no entender de sua defesa, acidente de trabalho e obrigatoriedade de ampliar o contrato.

Breno atuou em apenas 33 partidas em todos os anos pelo clube – Foto: Thiago Ribeiro/AGIF.

Breno atuou em apenas 33 partidas em todos os anos pelo clube – Foto: Thiago Ribeiro/AGIF.

Por outro lado, em defesa do Vasco, os advogados Tulio Claudio Ideses, Vinícius Ideses e Marcelo Ideses, foi deixado claro que o zagueiro chegou ao clube com 11 temporadas de carreira profissional e que sofreu a primeira lesão sozinho.

“Não há dúvidas de que as lesões, que infelizmente acometeram o autor, não decorreram de ação ou omissão do reclamado e certamente possuem origem na trajetória profissional do autor, lesões pretéritas, fadiga naturalmente provocada no decorrer de anos de prática de esporte profissional de alto desempenho, bem como o envelhecimento do ser humano, além de outras condições pré-existentes e até mesmo genéticas (…) Resta patente que inexiste acidente de trabalho, estabilidade provisória e qualquer direito a indenização, tal como pleiteia o autor”, escreveu o trio de advogados.

Além disso, segundo publicou o GloboEsporte.com, foi apresentada uma cópia da apólice de seguro de Breno, como resposta ao pedido de indenização pela não contratação. Sobre os salários, o clube admitiu estar em atraso nos vencimentos referentes a novembro de 2020, 13º de 2020 e verbas rescisórias, mas alegouque pagou seis das 12 parcelas da repactuação de março e abril de 2020.