Na liderança do Campeonato Brasileiro da Série B com 66 pontos, o Botafogo já conseguiu o acesso para a elite da competição na próxima temporada. Com confronto marcado contra o lanterna da competição, Brasil de Pelotas, que tem apenas quatro vitórias nas 36 partidas disputadas, no próximo domingo (21), às 16h, no estádio Bento Freitas.
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O Alvinegro foi denunciado por discriminação e responderá ao artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). No jogo contra o Brusque, válido pela Série B do Brasileiro, os torcedores gritaram contra a árbitra assistenteKatiúsciaMendonça. O julgamento está marcado para a próxima segunda-feira (22), a partir das 12h.
O árbitro relatou na súmula da partida as repetidas ofensas discriminatórias direcionadas à assistente no final da primeira etapa do jogo válido pela 31ª rodada do Brasileirão. A punição varia de cinco a dez jogos se praticado por atleta, treinador, médico ou membro da comissão técnico, ou chegandoàsuspensão no prazo que varia de 120 a 360 dias se praticada por qualquer outra pessoa, e multa entre R$ 100 a R$ 100 mil.
Foto: Thiago Ribeiro/AGIF – A Procuradoria não isentou o clube de receber punição
“Ao sair do campo do jogo no intervalo da partida a torcida de equipe mandante gritou em direção a assistente Katiuscia Mendonça repetidas vezes a palavra ”p*, p*, p*’. Ao término da partida o presidente do Botafogo FR, senhorDurcesioMello se dirigiu até a assistente com um pedido formal de desculpas através de uma carta relatando que o Botafogo FR não compactua das ofensas proferidas pelos torcedores“, informa a súmula.
A Procuradoria elogiou a atuação do presidente do clube que no final da partida foi até assistente e se desculpou pessoalmente, mas a Procuradoria afirmou que isso não isenta o clube de punição: “Já passou da hora, e há tempos, de deixarmos de achar que o futebol é um mundo à parte com regras civilizatórias próprias, onde o preconceito em todas as suas esferas é tolerado. Basta! O futebol não é um território livre em que todos os seus atores, isso incluindo as torcidas, podem ofender, podem agredir, podem ser homofóbicos, podem ser racistas, podem ser machistas. Dentro e fora de campo temos que evoluir. Essa permissividade e, o que é pior, até defesa não podem prosperar“, declarou o Procurador responsável pela denúncia.