O Athletico-PR tem um dura missão pela frente na Copa do Brasil, após ser goleado por 4×0 pelo Atlético-MG no primeiro duelo das finais da competição nacional, o Furacão precisa estabelecer uma grande virada no duelo decisivo que será realizado dentro da Arena da Baixada. O próprio treinador do escrete paranaense, Alberto Valentim, reconhece o desafio que a equipe tem pela frente. “É muito difícil nós revertermos”.
- Palmeiras empata com o Cruzeiro em 1 a 1 e é campeão brasileiro
- Em despedida de Fábio Santos, Inter bate Corinthians por 2 a 1
O Athletico, inclusive, venceu apenas uma vez na Copa do Brasil por um placar com mais de três gols nesta temporada e foi justamente dentro da Arena da Baixada, pela Copa Sul-Americana. Na ocasião, o Furacão avançou para as oitavas de final da competição continental após vencer o Aucas por 4×0. O duelo também marcava a despedida de Lucho González dos gramados. Outro detalhe que aumenta o desafio, é que o Furacão vai precisar golear um dos times com os melhores desempenhos do país nesta temporada. Mas quem melhor que o campeão sul-americano para fazer isso?
Se o Athletico precisa de inspiração temos algumas viradas históricas que podem servir de motivação para estabelecer a reviravolta na Arena da Baixada. Como a virada do Galo pela Copa do Brasil 2014 em cima do Flamengo por 4×1, ou ainda na Série C de 2016, quando o ABC fez 4×0 quando a parecia que a vaga na final da competição estava garantida, em Campinas, porém, o Guarani conseguiu vencer por 6×0.
Foto: Fernando Moreno/AGIF | Alberto Valentim reconhece o desafio do Furacão
Mas o Furacão pode tirar sua inspiração de um clube argentino . Na Copa Conmebol de 1995 o Atlético-MG sofreu uma das suas maiores reviravoltas. O Galo venceu o jogo de ida da final da competição internacional também pelo placar de 4×0 em cima do Rosário Central. Na época, o clube mineiro também tinha um time tão temido quanto o atual, no elenco de 95 o Galo tinha nomes como: Taffarel, Ronaldo Guiaro, Éder Lopes, Euller, Ézio.
Outra semelhança é que em 1995 a o primeiro jogo das finais foi disputada no Mineirão e com gols de Èzio, Cairo, Paulo Roberto e Silva o do placar amplo parecia determinar o título da Conmebol daquele ano para a equipe mineira, comandada por Procópio Cardoso. Mas ainda restava ao Rosário Central tentar reverter o resultado no Gigante de Arroyto, na Argentina, a missão era praticamente impossível.
No jogo de volta a pressão estava sobre os ombros do time argentino, mas foi justamente essa pressão que fez o Rosário Central partir para cima e buscar incessantemente o resultado que começou a aparecer aos 23 minutos do primeiro tempo. Da Silva abriu o marcador e colocou o clube argentino na frente, Carbonari marcou o segundo da partida aos 39’ e Cardetti também registrou o dele, fechando o primeiro tempo com o surpreendente placar de 3×0, um resultado que anunciava o desastre que estava por vir para o time brasileiro.
Se o Galo iniciou a partida com tranquilidade e acabou permitindo que os donos da casa ficassem há um gol de levar a decisão para os pênaltis, era agora o clube mineiro que sentia a pressão de parar o time argentino. E a segunda etapa da partida foi de fortes emoções, já que o Atlético buscou o tempo inteiro diminuir no ímpeto do Rosário, entretanto, apesar da tentativa de controlar os donos da casa, o pior aconteceu aos 43 minutos do segundo tempo. Foi ali na reta final, quando a situação parecia sob controle, que em uma bola cruzada na área, Carbonari subiu e mandou a bola para o fundo da meta, para não apenas levar a partida para os pênaltis, mas chocar a todos que já davam o título como garantido para o clube brasileiro.
Apesar disso, os argentinos ainda tinham outro desafio, superar ninguém menos que o arqueiro Taffarel, que no ano anterior havia se tornado o famoso herói do tetra da seleção brasileira. E o goleiro ainda chegou a defender um debaixo das traves, mas não foi o suficiente para salvar o Galo, o Rosário Central venceu a disputa e diante de cerca de 40 mil torcedores o clube argentino conquistou o único título internacional da sua história. O time nunca conseguiu ir além das semifinais da Libertadores, nos anos de 1975 e 2001.
Foto: Fernando Moreno/AGIF | O elenco do Furacão terá um desafio dinate do Atlético-MG
A história da Copa Conmebol de 1995 está aí para provar que o desafio do Athletico é improvável, porém não impossível. As disputa decisiva da final da Copa do Brasil será na próxima quarta-feira (15), às 21h30, pelo horário de Brasília, na Arena da Baixada.