Atual líder do Campeonato Brasileiro e prestes a definir uma vaga para as oitavas de final da Copa do Brasil, o Fortaleza e sua imensa torcida vivem uma verdadeira lua de mel com o técnico Vojvoda, que chegou ao Leão há menos de um mês e ainda não sabe o que é perder. A última vez que o clube se encontrava em festa foi com o técnico Rogério Ceni, que acabou deixando o Tricolor do Pici para assumir primeiro o Cruzeiro e depois o Flamengo. Em entrevista ao jornalista Mauro Cezar Pereira, o presidente Marcelo Paz falou do momento atual do time e também disse que ficou chateado com a atitude do ex-comandante na época em que se deixou o atual campeão cearense para dirigir os cariocas.
- Palmeiras empata com o Cruzeiro em 1 a 1 e é campeão brasileiro
- Em despedida de Fábio Santos, Inter bate Corinthians por 2 a 1
“Mágoa não ficou. Na época da saída ficou a chateação natural, porque não se esperava, em nenhuma das duas eu não esperava que acontecesse porque o Rogério sempre foi muito assediado, sempre que esteve aqui. Por clubes nacionais, por clubes do exterior, e ele teve dois sim, para o Cruzeiro e para o Flamengo, mas teve uns 20 não para vários outros clubes, então a gente sempre acha que vai ser mais um não e quando ocorre a saída, e é no meio do ciclo, é muito ruim, porque a troca, a substituição do comando, ela é sempre traumática, em qualquer setor“, afirmou Paz, que antes de Vojvoda, trouxe Marcelo Chamusca e Enderson Moreira para o cargo, sem grande sucesso em ambas as tentativas.
“Essa do Flamengo eu não esperava mesmo que acontecesse, mas eu conversei com ele e vou repetir o que eu disse já em outras entrevistas, eu disse ‘Rogério, o amigo Marcelo diz: poxa, você tem que ir, é o Flamengo. O presidente Marcelo diz: você não pode ir, porque você tinha assumido um compromisso comigo e com o Fortaleza até final da Série A’. Mas passou, acho que ele fez a escolha que ele entendeu ser correta e se mostrou ser correta, até foi campeão brasileiro com o Flamengo, conseguiu o objetivo de ser campeão brasileiro. Foi campeão da B pelo Fortaleza e da A pelo Flamengo”, avaliou o mandatário, que também ressaltou que tanto o clube, quanto treinador, foram importantes um para o outro.
Marcelo Paz falou sobre sua relação com Marcelo Paz
“Está em um clube de uma estrutura sensacional, com grandes jogadores, tudo o que ele sempre quis e o Fortaleza foi muito importante nesse processo, foi uma via de mão dupla, e hoje a gente nutre uma relação de amizade, de respeito, de trocar ideias de vez em quando, de bater papo, de parabenizar um ao outro, de torcer um pelo outro, então ficou aí uma gratidão, uma amizade e um respeito, mas na época que acontece a saída fica sim um pouco de chateação, mas essa mágoa já foi completamente apagada”. O presidente encerrou o bate-papo com o jornalista alegando que o ex-treinador foi importante para que o Leão pudesse ter um modelo de jogo ofensivo e que, até mesmo por conhecer o estilo do profissional, quando ele foi para o Cruzeiro, o tricolores sabiam o que ele faria com o grupo e as opções que tinha pelo estilo de comandar as equipes que possui.
Vocês aceitariam Rogério Ceni como treinador do Fortaleza novamente no futuro?
Vocês aceitariam Rogério Ceni como treinador do Fortaleza novamente no futuro?
0 PESSOAS JÁ VOTARAM
“A presença do Rogério aqui ajudou muito nessa mudança, o Rogério tem uma mentalidade ofensiva, corajosa, quando o Rogério foi para o Cruzeiro, que ele fez algumas alterações no jogo lá contra o Inter, o pessoal ‘caramba, tirou o zagueiro e botou o Henrique de zagueiro’, a gente já sabia que ele iria fazer aquilo, porque ele fazia aqui. Às vezes ele precisava ganhar o jogo e ele não tinha mais tantas alterações, tinha a última, ele tirava realmente um zagueiro e botava um atacante, desvia o volante para ser zagueiro, ia com o time para cima, então a gente passou a acreditar que tem que gostar de ganhar jogo”, concluiu Paz, que também demonstra satisfação com sua escolha atual, cujo perfil também coloca o Fortaleza como uma equipe destemida. Fato inusitado, o argentino Vojvoda cursava Medicina na Universidade Nacional de Rosario, antes de virar treinador profissional.