Desde quando a lei que permite a criação de clubes empresas foi promulgada no Brasil, o América Mineiro correu atrás para adotar o formato. Em janeiro deste ano, o Coelho deu um passo importante na missão: se registrou oficialmente como SAF. Seguindo o caminho de times como Botafogo e Cruzeiro, o Decacampeão mineiro também tenta mudar o patamar da instituição por meia de uma sociedade financeira.

Agif/Pedro Vale – Marcus Salum é o responsável pela SAF no América Mineiro.
© 1466, www.agif.com.brAgif/Pedro Vale – Marcus Salum é o responsável pela SAF no América Mineiro.

Dentro de campo, os passos também foram dados. Isso porque o Coelhão se classificou pela primeira vez para a Copa Libertadores da América. Iniciando na fase de repescagem, o Clube conseguiu alcançar a fase de grupos, enfrentando inclusive o rival Atlético. Porém, a posição na Série A não é das melhores e a torcida volta a pedir negociações com investidores para a equipe.

Se a posição no Brasileirão não agrada, onde está na 16ª posição, a relação com a grana vai bem. O América vem mantendo as finanças equilibradas e apresenta um cenário agradável para uma futura aquisição do Clube. Em 2021, a equipe que joga na Arena Independência alcançou o maior faturamento da história da instituição: R$ 102 milhões. As informações foram levantadas pelo jornalista Rodrigo Capelo, do Globoesporte.com.

Agif/Alessandra Torres – O América Mineiro mantém as finanças equilibradas.

Agif/Alessandra Torres – O América Mineiro mantém as finanças equilibradas.

O comunicador deixou claro a importância do América se manter na Série A, devido as receitas oriundas das transmissões de TV. Porém, a posição do Clube é melhor do que de outros casos que viraram empresa. Enquanto Botafogo, Cruzeiro e até o Vasco estavam rodeados de dívidas quando procuraram investidores, o time mineiro não vive situação tão pavorosa quanto esses outros casos. Apesar do número de torcedores ser bem inferior que o dos outros times, o América vem conseguindo equilibrar as dívidas com os ganhos.

A posição de conforto pode, de certa maneira, explicar a demora e a cautela em escolher uma empresa para investir no futebol. Em 2021 longas conversas foram realizadas com a Kapital Football Partners, empresa do bilionário Joseph DaGrosa. Porém, no fim do ano algumas pedidas do norte-americano não foram aceitas pelos mineiros, o que desandou as negociações. Resta agora, achar uma outra sociedade que queira abraçar o grande Coelhão da Massa.