O experiente e multicampeão Abel Braga deixou saudades nos torcedores do Internacional. Depois do vice-campeonato no Brasileirão 2020, o treinador deixou o clube, que apostou no jovem Miguel Ángel Ramírez. O técnico espanhol, no entanto, permaneceu por pouco mais de três meses no cargo até ser demitido na última semana. Com o Colorado em busca de um novo comandante, o nome de “Abelão” ganhou repercussão nos bastidores.
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A possibilidade de retorno, apesar disso, não aparece no radar. Aos 68 anos, o treinador está de malas prontas para trabalhar noLugano, da Suíça. Antes de embarcar, Abel Braga concedeu entrevista ao programaArena SBT e rebateu críticas que recebeu recentemente, sendo rotulado de “ultrapassado“. O ídolo colorado ainda avaliou rapidamente o trabalho do espanhol no Beira-Rio.
“O Miguel (Ángel Ramírez)é bom, não foi feliz. Eu peguei, fui vice brasileiro. Um ponto, um gol que me tiraram. Você é melhor hoje ou era melhor há dez anos? Eu sei aquilo que meu time precisa, hoje, sei mais do que dez anos atrás, quando fui campeão com o Fluminense, em 2012. Você tem experiência, dizem que você é ultrapassado. Isso porque tem um monte de menino na imprensa que tem que ganhar alguma coisa”, disse Abelão, que não se abala com as críticas.
Abel Braga: ficou próximo do título brasileiro no Colorado (Foto: Pedro H. Tesch/AGIF)
“O mais importante, quando você é uma pesosa pública, é ter consciência do que você faz e o que você é. Eu sei o que eu sou, sei que minha passagem no Cruzeiro teve dois meses, mas depois teve Mano (Menezes) e Rogério Ceni que também saíram. No Vasco, também saí com dois meses porque eu saí, ninguém mandou embora. Assim como foi no Flamengo também (…)O que as pessoas falam eu respeito. São 28 títulos na carreira, não estou minimamente preocupado“, completou.
Enquanto Abel Braga deixa o Brasil rumo à Europa, o Inter estuda alternativas e tem um europeu no radar, o português Marco Silva, que trabalhou por último no Everton, da Inglaterra. Um nome que ganhou força nos bastidores recentemente foi o uruguaio Diego Aguirre, que trabalhou no Beira-Rio em 2015.
