Na última terça-feira (11), o Bahia carimbou sua classificação às oitavas de final da Copa do Brasil. Ao bater o Azuriz, em Pato Branco-PR, o Esquadrão demonstrou um grande poder de reação. Entretanto, um membro da delegação do Tricolor abriu denúncia por conta de atos de xenofobia cometidos no Estádio O Pioneiros.

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação
Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação


O fato indigesto incomodou toda a delegação do Clube, que se sentiu ultrajada, assim como o funcionário do Bahia que sofreu os ataques frontais. Em entrevista ao podcast do Globosporte.com, o meia Daniel se posicionou sobre a situação e revelou que ao marcar durante a cobrança de pênaltis, se dirigiu à arquibancada, encarando a torcida. O jogador ficou indignado.

“É complicado falar, desagradável demais. Não sou baiano, mas quando vai aquecer, a gente escuta aquelas frases: "O jogo é tarde, vocês vão conseguir jogar?", "Baiano só dorme". Essas coisas só dão mais motivação para ganhar e calar a boca dessas pessoas. Muitos não falam só para provocar. Falam para diminuir e cutucar de uma forma pejorativa, te colocar para baixo, como se ela fosse superior a você. A gente sabe que não tem nada a ver onde a pessoa mora, a cor dela. A gente fica feliz de, quando acontece coisas como essa na partida, sair vitorioso”, explicou o jogador.

O funcionário do Bahia detalhou as agressões verbais que sofreu e apontou que tudo começou assim que o ônibus do Tricolor chegou ao estádio. O membro da delegação do Esquadrão, revelou que além das falas xenofóbicas vindas das arquibancadas, alguns gandulas também cometeram tal ato. A diretoria do Bahia lamentou e repudiou os atos praticados contra a delegação tricolor. O clube informou ainda que vai consultar o departamento jurídico sobre o assunto.